Flamengo pode voltar a erguer a taça da Copa Libertadores da América depois de quatro décadas
O time carioca decide o título do torneio continental neste sábado, contra o tradicional River Plate
A espera acabou para o torcedor rubro-negro. Depois de 38 anos, o Flamengo terá a chance de erguer novamente a taça da Copa Libertadores da América. O time brasileiro entra em campo neste sábado, a partir das 17h (de Brasília), para enfrentar o River Plate,
da Argentina, em jogo realizado no estádio Monumental Universitario, em
Lima, capital do Peru. A partida será transmitida na TV aberta pela
Rede Globo e na fechada pela Fox Sports.
Em quase quatro décadas, o clube viveu algumas alegrias e várias
decepções, principalmente na Libertadores. Nem o mais pessimista dos
rubro-negros acreditaria no calvário que o clube viveu na competição
sul-americana depois da brilhante geração de 1981, liderada por Zico, o
lendário camisa 10 da Gávea. Desde a primeira taça, o clube participou
de apenas 14 edições do torneio: boa parte das campanhas acabavam ainda
na fase de grupos. A eliminação mais marcante, inclusive, aconteceu após
uma vitória tranquila de 3 a 0 contra o Lanús, no Engenhão. O resultado
não foi suficiente, porque, momentos depois, o Emelec conseguiu vitória
no último lance sobre o Olimpia, por 3 a 2, e eliminou dramaticamente o
Flamengo da Libertadores.
Embora doídas, as derrotas ao menos serviram para o Flamengo arrumar a
casa, sanando dívidas e reestruturando o clube. O trabalho iniciado na
gestão do presidente Eduardo Bandeira de Mello foi aprimorado pelo atual
mandatário, Rodolfo Landim, que decidiu abrir os cofres para contratar
grandes jogadores nesta temporada, entre eles Rafinha, Filipe Luís, De
Arrascaeta e Bruno Henrique. O maior nome, entretanto, está quase sempre
inquieto e esbravejando na área técnica. O português Jorge Jesus
chacoalhou o futebol brasileiro com um verdadeiro banho tático em seus
concorrentes da Série A. O futebol do Flamengo é o principal fator para o
clube ser favorito diante o poderoso River Plate, dono de quatro
títulos da Libertadores.
Nas palavras de Adílio, campeão da Libertadores e do Mundial com o time carioca em 81, ‘o Jorge Jesus entendeu o que é o Flamengo’.
“Há cinco meses, ninguém sabia qual era o time titular do Flamengo. O
trabalho do Jesus é muito bom. Ele fez a leitura do que é Flamengo, sabe
que o time vai para frente mesmo, junto da torcida. Criou uma química.
Colocou isso em prática e por isso é um sucesso”, disse em entrevista a
VEJA. O impressionante trabalho do português se traduz em uma
invencibilidade que já dura 25 jogos, quase quatro meses. A campanha
memorável no Brasileirão dá chances da equipe rubro-negra garantir o
título no mesmo final de semana da final da Libertadores, caso o
Palmeiras não consiga vencer o Grêmio, em casa, no domingo.
A festa da torcida rubro-negra, que é maioria nas ruas de Lima, pode
ser completa neste final de semana, mas para isso é preciso combinar com
o River Plate, um dos maiores clubes da América do Sul. O time do
bairro de Belgrano assusta ainda mais porque nos últimos quatro anos
venceu duas de suas quatro conquistas de Libertadores. Se o Flamengo tem
Jorge Jesus, o River tem Marcelo Gallardo, já considerado o maior
técnico da história do clube, que defenderá sua invencibilidade em
finais da competição, sua terceira sob comando do River.
A história do clube argentino pesa mais do que a do próprio Flamengo
na competição. Nos últimos dois anos, porém, o River provou que não é só
tradição que basta em decisão. Os millonários, como são conhecidos,
derrotaram o Boca Juniors, sete vezes campeão da Libertadores, na
finalíssima do ano passado e eliminaram os maiores rivais na semifinal
desta edição. A equipe de Gallardo, diferentemente do Boca, joga com a
bola no chão, trocando passes entre as linhas de defesa dos adversários e
com capacidade de se equiparar ao estilo de jogo do Flamengo.
A final também terá uma disputa individual em jogo. Um dos
patrocinadores do torneio entregará um anel de diamantes, nos moldes das
grandes competições americanas, ao melhor jogador da Libertadores. Os
atacantes Bruno Henrique e Gabriel Barbosa, o Gabigol, concorrem pelo
Flamengo, enquanto os meias Nacho Fernández e Nicolás De La Cruz
representam o River. Para o confronto, os dois treinadores terão força
máxima em seus elencos.
Confira as prováveis escalações para a final da Libertadores:
Flamengo
Goleiro: Diego Alves
Defensores: Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís
Meias: Willian Arão, Gerson, Éverton Ribeiro e De Arrascaeta
Atacantes: Bruno Henrique e Gabigol
River Plate
Goleiro: Franco Armani
Defensores: Gonzalo Montiel, Lucas Martínez, Javier Pinola e Milton Casco
Meias: Enzo Pérez, Exequiel Palacios, Nacho Fernández e De La Cruz
Atacantes: Matías Suárez e Rafael Borré
VEJA
Confira as prováveis escalações para a final da Libertadores:
Flamengo
Goleiro: Diego Alves
Defensores: Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís
Meias: Willian Arão, Gerson, Éverton Ribeiro e De Arrascaeta
Atacantes: Bruno Henrique e Gabigol
River Plate
Goleiro: Franco Armani
Defensores: Gonzalo Montiel, Lucas Martínez, Javier Pinola e Milton Casco
Meias: Enzo Pérez, Exequiel Palacios, Nacho Fernández e De La Cruz
Atacantes: Matías Suárez e Rafael Borré
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