Ministério da Educação e Cultura lança aplicativo que serve de carteira de estudante
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O diretor de Tecnologia e Informação do MEC, Daniel Rogério, durante o lançamento do aplicativo da ID Estudantil |
O
Ministério da Educação lançou hoje (25) o aplicativo ID Estudantil,
carteira de estudante virtual que, a exemplo da fornecida pelas
entidades representativas dos alunos, dá direito a benefícios como
meia-entrada em eventos culturais e esportivos.
Para
obter o documento é necessário, antes de tudo, que a instituição de
ensino à qual o estudante está vinculado insira os dados dele no Sistema
Educacional Brasileiro (SEB), do Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Caso
a instituição já tenha feito o cadastramento, caberá ao aluno baixar o
aplicativo ID Estudantil no celular e fazer seu cadastro pessoal. “Os
alunos que não conseguirem se cadastrar devem procurar suas instituições
de ensino e pedir que elas se cadastrem junto ao MEC”, disse o
presidente do Inep, Alexandre Ribeiro Lopes, durante a cerimônia de
lançamento do ID Estudantil.
Segundo
Lopes, 10.804 instituições já se cadastraram. Destas, 1.966 já começaram
a enviar ao SEB as informações de seus alunos. As informações
disponibilizadas constituirão um banco de dados nacional que subsidiará
algumas das políticas públicas a serem implementadas pelo governo no
setor da educação.
De acordo com o o
ministro da Educação, Abraham Weintraub, o custo do documento será de R$
0,15 por unidade para o governo, mas será gratuito para o estudante.
“Não cobraremos porque a estruturação dessa cobrança sairia mais cara do
que o custo por unidade”, disse o ministro.
Ainda
segundo Weintraub, documentos similares poderão ser fornecidos pelas
instituições de ensino ou até mesmo grêmios estudantis. “Se for o caso,
podem inclusive cobrar por isso. O que fizemos foi acabar com o
monopólio e a exclusividade daqueles que sempre forneceram esse
documento”, disse. “Se, ideologicamente, o estudante quiser, ele pode
pagar quanto for pela carteirinha”, acrescentou.
A
abertura para que outras entidades – além da União Nacional dos
Estudantes (UNE), da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas
(Ubes) e da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) – emitam esse
tipo de documento está prevista na Medida Provisória 895, enviada pelo
governo ao Congresso Nacional em setembro.
Desde
então, tanto a MP como a ID Estudantil têm sido criticadas pelas
entidades representativas dos estudantes. Segundo o presidente da UNE,
Iago Montalvão, trata-se de uma retaliação ao movimento estudantil.
Montalvão disse que a principal intenção do governo com essas medidas é
“prejudicar o movimento estudantil, que fez as maiores manifestações
contrárias a ele”.
A fim de prevenir
fraudes, o MEC informou que fará cruzamento dos dados fornecidos por
meio de aplicativos com as informações da Carteira Nacional de
Habilitação e, no caso de estudantes que não têm CNH, com os dados
fornecidos para o documento de identidade (RG).
“Inclusive
a foto [inserida no cadastro via aplicativo] passará por uma checagem
junto ao banco de dados do Denatran [Departamento Nacional de Trânsito].
Quem não tem CNH terá de tirar uma foto do RG, frente e verso. Um
algoritmo então vai comparar as fotos, de forma a dificultar fraudes”,
explicou o diretor de Tecnologia da Informação do MEC, Daniel Rogério.
“Pensamos também nos empresários: para eles, criamos o aplicativo ID
Validade, que averiguará se o aluno está apto para receber os
benefícios”, acrescentou.
O MEC
alerta que, no caso de estudantes menores de idade, será necessária a
autorização de um responsável legal, que deverá instalar o ID Estudantil
no celular para, então, fazer o cadastro no qual informa os dados do
menor.
Ainda de acordo com o o MEC,
eventuais dúvidas sobre os aplicativos podem ser elucidadas por meio
do site wwwidestudantil.mec.gov.br.
Fonte: Agência Brasil - Publicado por: Suedna Lima
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