Argentina se divide, mas Alberto Fernández supera Maurício Macri e é eleito presidente
O
peronista Alberto Fernández foi eleito novo presidente da Argentina nas
eleições deste domingo (27), tendo como vice-presidente Cristina
Kirchner. Ele derrotou o atual mandatário, Mauricio Macri. Às 22h23 [de
Brasília], Macri concedeu a derrota durante discurso a apoiadores.
“Quero parabenizar o presidente eleito, Alberto Fernández”, afirmou.
Com
90,9% das urnas apuradas, Fernández tinha 47,8%, contra 40,7% de Macri.
Na Argentina, o candidato vence a eleição caso supere a marca de 45%
dos votos.
Fernández nunca concorreu a
um cargo majoritário. Ele é um dirigente peronista, a principal
corrente política do país e foi escolhido pela ex-presidente Cristina
Kirchner para liderar a chapa –ela será sua vice se o resultado das
projeções se confirmar.
Fernández
governará um país dividido. Para muitos argentinos, o retorno do
peronismo de Kirchner é uma catástrofe. O presidente eleito declarou
durante a campanha: “Que os argentinos fiquem calmos, respeitaremos seus
depósitos em dólares”.
Ele se referia ao fantasma do “corralito”
durante a crise de 2001, quando os depósitos bancários foram retidos e
os dólares convertidos em pesos, deixando os correntistas com muito
menos em conta do que pensavam ter.
Com décadas de inflação e
desvalorizações cíclicas, os argentinos estão acostumados a se refugiar
no dólar como forma de poupança.
A
moeda argentina desvalorizou 70% desde janeiro de 2018. Nos dias que
antecedem as eleições, os mercados estão reaquecendo e a taxa de câmbio
excede 63 pesos por dólar.
Ainda
falta a liberação de US$ 13 bilhões, mas o FMI aguarda o resultado da
eleição para negociar com quem for eleito. Durante a campanha, Fernández
propôs uma trégua de 180 dias para sindicatos e movimentos sociais para
fazer descolar a indústria e assim o país retomar o crescimento
econômico.
Fonte: G1 - Publicado por: Felipe Nunes
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