Acordo de delação do empresário Eike Batista não está descartado, diz Ministério Público Federal
Uma
colaboração premiada do empresário do grupo EBX Eike Batista, preso
nesta quinta-feira (8) na Operação Segredo de Midas, não está descartada
pelo Ministério Público Federal.
O
procurador Almir Teubl Sanches, da força-tarefa da Lava Jato no Rio,
contou, que uma eventual delação do dono do grupo EBX dependeria das
provas que ele poderia oferecer.
“A
gente chegou num esquema do Eike Batista muito grande, de pelo menos R$
800 milhões de manipulação de mercado, que aponta para bilhões em
operações envolvendo as empresas”, destacou ele, em entrevista à
reportagem na sede da Procuradoria da República no Rio de Janeiro na
quinta-feira (8).
“Quem
ele pode ou não entregar, se ele tiver interesse numa eventual
colaboração, só mesmo ele pode dizer. Não dá para adiantar isso. Não dá
para descartar nem para dizer que… tudo depende do que pode vir ou não à
tona.”
Na quinta-feira, a Polícia Federal prendeu Luiz Arthur
Andrade Correia, o “Zartha”, e fez buscas em endereços de José Gustavo
Costa, ex-diretor-presidente da CCX.
No entanto, existem mais de
20 pessoas que operavam no mesmo esquema de manipulação de mercado de
capitais à semelhança de Eike, segundo o procurador Almir Teubl Sanches,
da força-tarefa da Lava Jato no Rio. Todas essas pessoas usavam uma
espécie de banco “informal” mantido pelo banqueiro Eduardo Plass no
Panamá, apontam os investigadores.
Prisão foi ilegal, diz defesa de Eike
A defesa
de Eike disse que a detenção de seu cliente foi ilegal. O advogado do
empresário, Fernando Martins, afirmou em nota que “a prisão temporária
de Eike Batista foi decretada com o fundamento de que fosse ouvido em
sede policial sobre fatos supostamente ocorridos em 2013, tratando-se,
portanto, de uma prisão sem embasamento legal”.
Ele acrescentou, segundo a Globonews, que vai entrar com recurso assim que tiver acesso aos autos das investigações.
Fonte: Polêmica Paraíba com informações UOL
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