Medo do desemprego aumenta e satisfação com a vida diminui entre os brasileiros
O índice do medo do desemprego cresceu 2,3 pontos em relação a abril e alcançou 59,3 pontos em junho
© Marcos Santos / USP Imagens
O medo do
desemprego aumentou e a satisfação com a vida diminuiu entre os
brasileiros. É o que revela a pesquisa da Confederação Nacional da
Industria (CNI), divulgada hoje. O índice do medo do desemprego cresceu
2,3 pontos em relação a abril e alcançou 59,3 pontos em junho.
O indicador está acima da média histórica, que é de 49,9
pontos, mas está 8,6 pontos menor do que o registrado em junho de 2018.
Segundo a CNI, o medo do desemprego vem aumentando desde dezembro do ano
passado, quando atingiu o valor mínimo nos últimos cinco anos.
Para
a entidade, a situação está um pouco melhor do que há um ano, mas,
ainda assim, há uma certa frustração com o mercado de trabalho que, na
verdade, reflete o fraco desempenho da economia. Em nota, a CNI afirma
que “para reverter essa situação, é preciso, fundamentalmente, que o
Brasil volte a criar empregos”.
De acordo com a pesquisa, o medo é
maior entre as pessoas com mais de 45 anos de idade e com menor grau de
instrução. Entre os brasileiros que têm entre 45 e 54 anos, o índice do
medo do desemprego subiu 7,1 pontos frente a abril e ficou em 60,1
pontos em junho. Entre as pessoas cujo grau de instrução vai até a
quarta série do ensino fundamental, o medo do desemprego aumentou 6,1
pontos na comparação com abril e atingiu 65,1 pontos em junho.
Os
dados mostram ainda que o medo do desemprego é maior no Nordeste, onde o
índice alcançou 66 pontos em junho. Já a região Sul apresenta o menor
índice, 47,9 pontos, abaixo da média nacional.
A frustração dos
brasileiros nestes primeiros meses de 2019 também aparece no índice de
satisfação com a vida. O indicador caiu 0,5 ponto na comparação com
abril e ficou em 67,4 pontos em junho, abaixo da média histórica de 69,6
pontos. Mesmo assim, está 2,6 pontos acima do verificado em junho de
2018.
A queda na satisfação com a vida é maior entre as pessoas
que têm curso superior. Nesse estrato da população, o índice caiu de
71,4 pontos em abril para 68,6 pontos em junho.
De acordo com a
CNI, o acompanhamento dos índices de satisfação com a vida e de medo do
desemprego antecipa o que vai ocorrer com o consumo das famílias.
Pessoas menos satisfeitas com a vida e com medo de perder o emprego
tendem a reduzir o consumo, o que aumenta as dificuldades de recuperação
da economia.
A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre 20 e 23 de junho.
Economia ao Minuto com informações da Agência Brasil
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