Direitos Humanos da Paraíba repudia “espetáculo macabro” promovido após confronto entre PM e assaltantes em Barra de São Miguel
O
Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba se manifestou nesse
domingo (07) sobre a ação policial que terminou na morte de oito
assaltantes que mataram um policial militar em Santa Cruz do Capibaribe.
Confira a nota:
O
Conselho Estadual de Direitos Humanos da Paraíba vem por meio dessa
nota pública externar seu repúdio e sua profunda preocupação com a forma
pela qual se portaram os agentes policiais do Estado da Paraíba e do
Estado de Pernambuco, após a cena do confronto que resultou em oito
mortos na cidade de Barra de São Miguel-PB.
Sem
entrar no mérito da ação policial em si, entende este órgão colegiado
que o tratamento da cena do embate, transformado literalmente em um
espetáculo macabro de manipulação e exibição de cadáveres, em total
desacordo com as regras de conduta da atividade policial, excedeu todas
as raias da legalidade.
Efetivamente,
a cena do confronto exigia preservação, para fins do trabalho
necessário da perícia criminal, e afastamento do público, a fim de
evitar a sempre nociva divulgação e exploração de cenas mórbidas de
morte e mutilação. Muito pelo contrário, testemunhou-se no local atos
incompatíveis com a atividade policial, e que se prestaram unicamente
para denegrir e rebaixar as instituições policiais diante da sociedade
civilizada que ainda preza pelo respeito às leis e à dignidade humana,
que impõem o respeito no tratamento dos mortos, por pior que possa ter
sido o ato por eles cometido.
De
fato, cena de crime não é lugar para discurso público sobre a
criminalidade ou busca de apoio popular, diante dos cadáveres tombados.
Tal ato resvala na demagogia. Cenas de gelar o sangue, tais como
cadáveres sendo despidos (com que finalidade? humilhação post-mortem?),
carreata com cadáveres jogados na caçamba de caminhonete, corpos
empilhados um sobre o outro como troféus em uma guerra tribal, cadáveres
sendo alvejados por disparos inúteis foram amplamente divulgadas nas
redes sociais dos Estados de Pernambuco e Paraíba, mediante filmagens de
populares e até mesmo possivelmente de policiais, sendo certo que tais
vídeos não poderiam ter sido produzidos sem o consentimento e a
tolerância dos agentes policiais participantes da operação, cujos
comandantes, aparentemente, procuraram atrair o público daquela urbe
interiorana para o espetáculo macabro, ao invés de afastá-lo, como seria
seu dever.
Tal
cenário, nada distante do culto ao sangue do antigo Coliseu de Roma,
concorre não para o fortalecimento, mas para o descrédito da atividade
policial, transformada, pelo tratamento absurdo da cena do crime, em um
grotesco ato de vingança selvagem, a anos-luz de distância da ideia de
uma ação policial racional, eficiente e planejada, como acreditamos ter
sido o propósito da atuação das autoridades da segurança pública
pernambucanas e paraibanas.
Assim
sendo, o CEDH-PB insta às Secretarias de Segurança do Estado da Paraíba e
Pernambuco a investigarem rigorosamente estes fatos, punindo
devidamente os responsáveis, e mais do que isso, adotem todas as
providências necessárias para evitar a repetição de espetáculos dessa
ordem que enodoam todo e qualquer mérito das ações policiais em defesa
da segurança pública.
Contudo, este
Conselho lamenta e se solidariza com a corporação policial pela morte de
um de seus membros. Também, igualmente, lamenta e se solidariza com os
familiares das pessoas que perderam suas vidas em tão horrenda ação.
João Pessoa, 7 de julho de 2019
GUIANY CAMPOS COUTINHO
PRESIDENTE DO CEDH
Fonte: Polêmica Paraíba
Quando é exposto cadáveres de cidadãos de bem executado por esses bandidos,esses outros não se pronunciam.ainda não criou um adjetivo apropriado para esse tal direito desHUMANO. só defende bandidos.
ResponderExcluirMas O melhor aconteceu: a população aplaudiu os policiais, isso foi o melhor!
ResponderExcluirA população de bem está com a polícia.
Parabéns PMPB
Parafraseando uma frase super inteligente de uma pessoa acolá: tá com Pena de bandido?leve um pra casa.
ResponderExcluirBandido bom, é bandido morto!
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