Em fase piloto, Exame Nacional do Ensino Médio terá aplicação digital em 2020
A previsão do governo é abandonar as versões impressas em 2026

© Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Ministério da
Educação (MEC) anunciou nesta quarta-feira, 3, em Brasília, que o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) vai se tornar digital. A proposta é de
uma implementação progressiva. Em 2020, a versão digital será aplicada
em fase piloto.
A previsão do governo é abandonar as versões impressas em
2026. Nada irá mudar para os participantes inscritos em 2019. As
primeiras aplicações digitais serão opcionais e o estudante vai escolher
o modelo no momento da inscrição.
De acordo com o MEC, no
primeiro ano de teste, o modelo digital será aplicado para 50 mil
pessoas em 15 capitais brasileiras. A expectativa é que a versão digital
abra outras possibilidades como a de realização do exame em várias
datas ao longo do ano, por agendamento.
Em 2020, portanto, o Enem
terá três aplicações: digital, regular e reaplicação. Este último caso é
voltado para candidatos prejudicados por algum problema logístico ou de
infraestrutura durante a realização da prova digital. Eles terão
direito à reaplicação, que ocorrerá em papel.
Para o governo, o
Enem Digital vai permitir a utilização de novos tipos de questões com
vídeos, infográficos e até a lógica dos games. Também será possível
aplicar o Enem em mais municípios.
Edição de 2019
O
Enem é a maior prova do Brasil e dá acesso a uma centena de
universidades federais, estaduais e privadas que usam o exame como forma
de seleção. Em 2019, mais de 10,2 milhões de provas serão impressas
para o Enem. Os custos da aplicação superam R$ 500 milhões para os mais
de 5 milhões de participantes confirmados na edição.
No fim do
processo, quem fez o exame pleiteia uma vaga por meio do Sistema de
Seleção Unificada (Sisu), pelo qual universidades de todo o País
oferecem suas vagas. Com sua pontuação em mãos, o aluno escolhe o curso e
a universidade; se tiver o total necessário, está dentro.
Segundo o site do Enem, os alunos contaram em 2019 com um novo
sistema de inscrição que permitiu incluir foto. Os deficientes auditivos
e visuais tiveram a opção de indicar no ato da inscrição o uso de um
aparelho auditivo ou de implante coclear. Além disso, todos os alunos
terão os lanches revistados no dia da prova, e no final dos cadernos de
questões haverá espaço para rascunho da redação e cálculos.
(Com
informações da Agência Brasil).
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