Cidades inteligentes devem ter investimento de US$ 59 bilhões no Brasil nos próximos anos
Até
2050, mais de 70% da população mundial irá viver em cidades, segundo um
relatório da Organização das Nações Unidas. O aumento da concentração
de populacional traz novos desafios para o planejamento dessas áreas,
especialmente quando falamos em mobilidade, habitação e fornecimento de
energia.
Para
suprir essas demandas, a tendência é a criação de cidades inteligentes,
que usem a tecnologia para solucionar essas questões. Apenas no Brasil,
as cidades inteligentes devem movimentar US$ 59 bilhões nos próximos
anos, segundo Observatório Brasileiro de Cidades Inteligentes (OBCI).
A
mobilidade urbana, que há décadas é um dos maiores problemas das
grandes cidades, pode ser beneficiada com a implementação de semáforos
inteligentes, com sensores que alterem o intervalo de tempo dependendo
do fluxo de carro nas ruas. Além disso, veículos elétricos e pontos de
recarga espalhados pela cidade diminuem a necessidade do uso de
combustíveis fósseis.
Outro ponto que
deve ser pensado cuidadosamente é o consumo de energia. A criação de
rede elétricas inteligentes, smart grids, permitem avaliar e otimizar o
consumo de eletricidade em áreas públicas, o que pode gerar uma economia
de milhões de reais. Para residências, o uso de medidores
inteligentes, por exemplo, permite que o usuário avalie seu consumo,
identifique falhas e até redefina a distribuição de energia.
O
grande desafio é conseguir fazer com que as cidades inteligente não
tenham apenas características tecnológicas, mas que políticas públicas e
desenvolvimento social sejam valorizados de maneira igualitária.
Um
dos mais importantes profissionais de paisagismo do Brasil, Benedito
Abbud, afirma que os cuidados com o solo e com a vegetação são
fundamentais para garantir não só a integridade dos ambientes, mas
também a dignidade dos moradores destas novas cidades. “A
sustentabilidade não pode ser pensada apenas pelo foco ambiental. Este é
um conceito que se baseia num tripé: pessoal, social e ambiental. Se as
pessoas e a sociedade não estiverem equilibradas no processo, não há
como ter sustentabilidade ambiental”, comenta.
E ele
complementa: “Por que os bairros vegetados são mais valorizados? Porque
uma cidade arborizada ela é planejada e a gente não pode ser
imediatista nesta transformação do futuro”.
Abbud
será um dos 20 palestrantes do 4º Conaced – Congresso Nacional de
Construção de Edificações, que acontece em João Pessoa entre os dias 8 e
10 de agosto, no Centro de Convenções de João Pessoa. O evento vai
discutir, entre outras coisas, o futuro da construção civil e as cidades
inteligentes. O Conaced acontece em paralelo à Construcon, feira de
negócios e networking profissional, que será um ponto de convergência
entre empresários, construtores, engenheiros, arquitetos, revendedores e
profissionais da indústria da construção civil.
Mais informações sobre o evento no link:
http://www.feiraconstrucon.com.br/evento
http://www.feiraconstrucon.com.br/evento
Fonte: Ekonomy
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