Na avaliação de analistas, economia brasileira caminha para mais um ano perdido
As projeções do início do ano de crescimento em torno de 2,6% agora estão em 1,0%
© Sergio Moraes / Reuters
A economia brasileira
caminha para mais um ano perdido, na avaliação de analistas. As
projeções do início do ano de crescimento em torno de 2,6% agora estão
em 1,0%. Há, porém, risco de o PIB ficar abaixo disso, conforme pesquisa
com 26 instituições financeiras. Em 11 delas, as estimativas são
inferiores a 1,0% para o crescimento deste ano. Na pesquisa anterior,
feita após a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco
Central (IBC-Br), de 26 consultadas, 3 previam menos de 1,0%.
Citibank, JP Morgan e MB Associados estão entre as que
cortaram projeções. A previsão do Citibank era de alta de 1,4% em 2019,
mas caiu para 0,9%. O JP Morgan reduziu sua projeção de 1,5% para 0,9%, e
a MB Associados de 1,1% para 0,9%.
O economista-chefe da MB
Associados, Sergio Vale, disse que ainda não é o caso de falar em
recessão. Segundo ele, caso o PIB do segundo trimestre registre nova
queda, configuraria uma "recessão técnica", quando há dois trimestres
seguidos de retração. "A virada de expectativa em poucos meses trouxe um
gosto amargo para quem imaginava que o governo poderia ser mais
agressivo com as reformas e mais equilibrado politicamente", disse Vale.
Em
relatório, a LCA Consultores considera "ser pouco provável que tenhamos
um quadro de recessão técnica no PIB na primeira metade de 2019", mas
ressalta que, se no segundo trimestre variar perto de 0,1% sobre os três
primeiros meses do ano, piso da estimativa da consultoria, "nossa
projeção de crescimento anual, hoje em 1,0%, se tornaria relativamente
otimista".
Para Juliana Cunha, do Instituto Brasileiro de Economia
(Ibre), da Fundação Getulio Vasrgas (FGV), uma economia mais acelerada
no segundo semestre não bastaria para o PIB fechar, na média, muito
acima de 2018, mesmo que empresários e consumidores vejam "as coisas
acontecendo" na segunda metade do ano. "As taxas dos trimestres poderão
estar boas, mas (a variação) do ano carregará o desempenho ruim do
início do ano."
Economia ao Minuto com informações do jornal O Estado de S. Paulo
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