‘Falta a melhor parte de mim’, diz mãe de ex- cantor mirim do SBT morto a facadas
A
mãe de Kalil Taha, ex-artista mirim assassinado a facadas, desabafou no
dia em que completou 50 anos. Claudia Taha Proença publicou fotos do
último aniversário ao lado do filho, que ficou famoso na TV no final da
década de 1990. Ele foi morto por um amigo em 30 de maio, na zona norte
de São Paulo.
“E
chegou o dia em que eu viraria ‘cinquentona’. E quantos planos nós
tínhamos para comemorar. E a nossa viagem pra Campos do Jordão não vai
mais acontecer. Agora só ficaram as lembranças de tudo que vivemos, das
nossas conversas, das crises de riso e dos momentos difíceis que
superamos juntos. Hoje falta uma parte de mim, na verdade a minha melhor
parte. O que me consola é ter a certeza que você foi pros braços do
Senhor, para onde eu quero ir também. E agradeço a Ele por ter me
confiado alguém tão especial e por ter vivido ao seu lado por esses
anos. Essa foto foi do meu último aniversário ao seu lado. Te amarei
para sempre!”, escreveu a mãe de Kalil.
O
ex-artista mirim trabalhou em programas como Domingão do Faustão (em
que era chamado de “Faustinho” pelo apresesentador Fausto Silva), na
Globo, e Pequenos Brilhantes, show de talentos infantis comandado por
Moacyr Franco no SBT. Ele tinha 31 anos e trabalhava em uma agência de
comunicação, mas ainda cantava e tocava na igreja evangélica que
frequentava com o amigo, que confessou o crime.
José
Antonio Melo do Nascimento, considerado um dos melhores amigos da
vítima, admitiu ter cometido o assassinato e foi preso temporariamente,
mas a família quer transformar a punição. O pai da vítima, Ezequiel
Proença, compartilhou um abaixo assinado exigindo a prisão preventiva
para que o esfaqueador continue preso enquanto o caso não é julgado.
O
crime está sendo investigado pelo 73º DP, localizado no Jaçanã. José
Antonio relatou à polícia por que desferiu 20 facadas em Kalil Taha.
Segundo depoimento, ele apanhou uma faca para assaltar um comércio e
pagar dívidas, mas desistiu e marcou um encontro com a vítima para tomar
um lanche.
Toni, como o autor do crime era chamado por Kalil,
disse que o amigo cobrou um empréstimo de R$ 3 mil, e reagiu esfaqueando
o ex-artista mirim dentro do carro da vítima.
A família de Kalil,
porém, não acredita na versão do assassino confesso. Em entrevista ao
programa Balanço Geral, da Record, a mãe disse que o filho fez um
empréstimo de R$ 3 mil para ajudar Toni a montar uma banda na igreja que
frequentavam, e negociou para o amigo pagar R$ 490 por mês, sem
cobranças.
Fonte: Uol - Publicado por: Gerlane Neto
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