Vaza conversa em que Bolsonaro faz pedido a Onyx Lorenzoni sobre Gustavo Bebianno
A conversa entre Bolsonaro e Onyx foi ouvida a partir de um telefonema aparentemente acidental para o chefe da Casa Civil para um repórter do jornal

© REUTERS / Adriano Machado (Foto de arquivo)
Ainda preocupado com possíveis efeitos da demissão de Gustavo Bebianno da
Secretaria-Geral da Presidência, Jair Bolsonaro destacou o ministro da
Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para negociar uma saída em relação ao
ex-braço direito.
De acordo com o jornal O Globo, Bolsonaro mostra preocupação
com o fato de Bebianno ainda constar como seu representante em processos
judiciais - o ex-ministro é advogado de formação e foi uma espécie de
"faz tudo" de Bolsonaro na campanha eleitoral.
Os áudios das conversas entre Bolsonaro e Bebianno,
divulgados pela revista Veja, confrontam a versão do presidente de que
ele não havia falado naquele dia com o então auxiliar. As gravações
mostram ainda que ambos conversaram também sobre o esquema de
candidaturas laranjas do PSL, revelado pela Folha de S.Paulo e que levou
à queda de Bebianno.
A
conversa entre Bolsonaro e Onyx foi ouvida a partir de um telefonema
aparentemente acidental do chefe da Casa Civil para um repórter do
jornal, durante reunião do ministro com o presidente.
O presidente
citou nota divulgada nesta quarta (20) pela Folha de S.Paulo, na qual
Bebianno teria dito a interlocutores que apoiaram sua permanência no
governo que pretende juntar documentos para embasar eventuais histórias
que venha a contar sobre a campanha e sobre a breve passagem pelo
governo.
"Se ele me cobrar individualmente o mínimo, eu to f...
Tem que vender uma casa minha para poder pagar", afirmou Bolsonaro a
Onyx.
A nota da Folha de S.Paulo foi repercutida pelo site O
Antagonista, que depois retirou o conteúdo do ar - segundo o presidente, a
pedido de Bebianno.
No
diálogo, Onyx prometeu uma conversa reservada com Bebianno para tratar
dessas ações. Bolsonaro citou ainda uma resposta de Bebianno a Jorge
[possivelmente Jorge de Oliveira, subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa
Civil] na qual o ex-ministro se comprometia a não falar mais sobre os
áudios trocados com o presidente.
Antes da divulgação dos áudios,
Bebianno vinha afirmando que não dispararia contra o presidente. Em
entrevista à rádio Jovem Pan na última terça (19), o ex-ministro disse
que Bolsonaro ainda conta com sua admiração, mas o criticou por não dar
limites à ação do filho Carlos, a quem creditou sua demissão após
"macumba psicológica" na cabeça do pai.
Política ao Minuto
Nenhum comentário:
Postar um comentário