'Você pode até tirar de cena o velho Renan, mas não matá-lo', afirma o próprio senador alagoano

© Jonas Pereira/Agência Senado
Derrotado na queda de braço
com o Palácio do Planalto, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) encarnará,
a partir de agora, a figura de líder da oposição ao governo de Jair
Bolsonaro.
"Você pode até tirar de cena o velho Renan, não matá-lo",
disse ao Estado o senador, que construiu um personagem para justificar o
seu discurso "mais liberal" e passou a se referir a ele mesmo na
terceira pessoa.
Tudo o que o Palácio do Planalto não precisava,
nesse momento, era de um inimigo de plantão no Congresso, mas,
certamente, o terá. Rachado, o MDB de Renan - partido mais assíduo na ocupação de cargos no governo, desde a redemocratização - também perde agora sua última trincheira de poder.
Renan
contava com o apoio de parte do PSDB, mas, na última hora, viu seus
aliados serem pressionados a abrir o voto. Ficou desnorteado. Antes,
dizia que teria quatro dos oito votos tucanos.
A pressão das redes
sociais, porém, foi fundamental para que os senadores fossem à tribuna e
mostrassem as cédulas de votação. Pesou nas redes o movimento "Renan
não".
Camaleão e hábil negociador, Renan tentou até o fim vestir o figurino
de um novo político, mas as investigações da Lava Jato falaram mais
alto. "Política não é para se estudar. É para se compreender. E vamos em
frente", diz ele, quando questionado sobre seus movimentos nessa arena.
Política ao Minuto com informações do jornal O Estado de S. Paulo
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