Arquivos de computadores de Palocci podem afundar Lula e o PT ainda mais para o fundo do poço
Há poucos dias para ser inquirido pelo
CNJ (Conselho Nacional de Justiça) – que pediu explicações suas a partir
de representação do PT -, o então juiz federal Sérgio Moro disparou um
petardo que podia ser apenas o prenúncio de uma nova onda de
constrangimentos para Lula e seus apoiadores. Responsável pela
Operação Lava Jato na 13,ª Vara Federal, na ocasião Moro afirmou não apenas que não
“inventou” o depoimento do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda/Casa
Civil-Governo Lula e Dilma), como também informou os detalhes muito
mais ‘contundentes’ da delação.
O austero juiz, que seguiu para o Ministério da Justiça e Segurança Pública
do governo Bolsonaro, afirmou ainda ao CNJ que “caso fosse intenção
influenciar nas eleições teria divulgado a gravação em vídeo do
depoimento, muito mais contundente do que as declarações escritas e que
seria muito mais amplamente aproveitada para divulgação na imprensa
televisiva ou na rede mundial de computadores”.
O ex-ministro Antonio Palocci estava preso há quase dois anos em Curitiba no âmbito da Lava-Jato e prometeu que entregaria nos próximos dias uma
série de arquivos envolvendo negociatas da sua consultoria, a Projeto, e
empresas que contrataram o trabalho e a influência do ex-todo-poderoso
dos governos petistas para engordar seus cofres — na maioria das vezes
de forma ilícita. O material reúne contratos, planilhas e outras
evidências mantidos até hoje em segredo nos computadores da consultoria
de Palocci que abrirão uma nova frente de investigação dentro da maior
operação de combate de corrupção do Brasil com foco em empresas
privadas.

Na ocasião em que a PF fez buscas no escritório da Projeto, em São
Paulo, em setembro de 2016, os investigadores encontraram apenas
teclados, mouses e monitores, mas não acharam nenhum gabinete de
computador. Questionado sobre o fato, o principal assessor de Palocci na
época, Branislav Kontic, que também chegou a ficar preso em Curitiba,
disse que as máquinas haviam sido substituídas por laptops novos. Mas a
explicação não convenceu nem os agentes nem a Sérgio Moro.
A suposta substituição dos computadores ‘velhos’ por notebooks sem a
retirada dos monitores das bancadas, assim como teclados, mouse e fios, era um fato que mereceria esclarecimentos”, escreveu o delegado Rodrigo Luis
Sanfurgo de Carvalho em seu relatório. Foi justamente este episódio que
fez com que Sérgio Moro convertesse a prisão preventiva de
Palocci em prisão temporária.
Os dados revelados por Palocci a que Moro se referia — que ainda
poderiam ser detalhados no curso das investigações — reconstituiu o
esquema de corrupção na Petrobras, as relações das empreiteiras com
políticos do PT e a forma como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da
Silva e Dilma Rousseff se envolveram nas tratativas que resultaram em um
prejuízo de cerca de R$ 42 bilhões aos cofres da Petrobras, segundo
estimativa levantada pela própria PF.
Isto significa que Lula e o PT serão
duramente afetados pelos dados revelados por Palocci. A contribuição com
mais este lote de informações foi a principal condição para que o
ex-ministro deixasse a prisão e progredisse para o regime domiciliar com
tornozeleira, segundo o acordo de delação assinado por ele com a Polícia
Federal.

Fonte: www.imprensaviva.com com informações de O Globo
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