Centrão ameaça e diz que reforma não avança sem diálogo com o Palácio do Planalto
Parlamentares estão insatisfeitos com a articulação política do governo Bolsonaro

© REUTERS/Ricardo Moraes
Líderes de partidos do
chamado centrão acordaram que, até o Planalto começar a dialogar com o
Congresso, a proposta de reforma da Previdência não avançará, de acordo
com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
A insatisfação em relação à falta de interlocução com o
governo de Jair Bolsonaro ficou ainda mais clara depois da primeira
derrota do Planalto na Câmara, na última terça-feira (19).
Na
ocasião, deputados aprovaram um projeto que susta os efeitos do decreto
editado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, em janeiro, que ampliou a
funcionários comissionados e de segundo escalão o poder de impor sigilo a
documentos públicos.
Diante
do cenário, ainda conforme a coluna, o DEM - partido dos presidentes da
Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre -, chegou a propor
ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que pudesse atuar diretamente
na organização da base. A oferta teria sido feita durante um jantar na
segunda-feira (18).
Mas, a legenda já alertou: só entra "na
jogada" se tiver “instrumentos” para entregar aos parlamentares o que
for acordado em troca do apoio ao presidente. Um líder do centrão diz
que é impossível negociar com Lorenzoni, já que ele sempre ouve as
demandas, mas nunca tem autonomia para garantir o atendimento por parte
do governo.
A atuação do líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO),
também é questionada. Dirigentes partidários demonstram que, assim como a
derrubada do decreto que facilitava o sigilo de documentos públicos, a
queda de Hugo está dentro do pacote de sinais de descontentamento que o
Parlamento quer mandar a Jair Bolsonaro.
Política ao Minuto
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