Denúncia contra ministro do Turismo será apurada caso haja necessidade, diz Sérgio Moro
Nesta segunda, a Folha de S.Paulo revelou que Álvaro Antônio utilizou um esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais para direcionar verbas públicas de campanhas para empresas ligadas ao seu gabinete

© Isaac Amorim/MJSP
O ministro da
Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou que a revelação
envolvendo o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio (PSL) divulgada
nesta segunda-feira (4) pela Folha de S.Paulo será apurada "se surgir a
necessidade".
"Particularmente não sei se esta matéria é totalmente
consistente. Se surgir a necessidade de apuração, será apurado",
declarou Moro, numa entrevista com jornalistas na qual apresentou um
pacote anticrime que será enviado em breve ao Congresso Nacional.
Nesta segunda, a
Folha de S.Paulo revelou que Álvaro Antônio utilizou um esquema de
candidaturas laranjas em Minas Gerais para direcionar verbas públicas de
campanhas para empresas ligadas ao seu gabinete.
Durante a
campanha eleitoral, o ministro era o presidente do diretório regional do
PSL. A direção nacional do partido, após pedido do PSL mineiro,
destinou R$ 279 mil a quatro candidatas, sendo que elas repassaram ao
menos R$ 85 mil para a conta de empresas ligadas a Álvaro Antônio.
Questionado
sobre o caso nesta segunda, Moro disse, num primeiro momento, que "é
coisa do passado" "o tempo em que o ministro da Justiça atuava como
advogado de membros do governo federal."
"Não cabe ao ministro da Justiça fazer esse papel de defesa de situações apontadas em relação a membros do governo", disse.
Apesar da declaração, Moro fez apenas um breve comentário sobre o caso envolvendo seu colega de Esplanada.
"Cabe
ao ministro da Justiça assegurar que, havendo informações consistentes,
que isso seja devidamente apurado pelos órgãos de investigação
competentes", disse.
"Quando fui convidado a assumir essa posição,
o presidente [Jair Bolsonaro] disse muito claramente que ele é
intolerante em relação a desvios e que os órgãos deveriam ter plena
autonomia em realizar essa apuração. É o que vai acontecer em relação a
todos os casos que aparecerem", concluiu o ministro.
Procurado pela Folha de S.Paulo, Álvaro Antônio negou que tenha se
beneficiado de um esquema envolvendo laranjas e disse que "a
distribuição do fundo partidário do PSL de Minas Gerais cumpriu
rigorosamente o que determina a lei".
Política ao Minuto com informações da Folhapress
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