Wellington Roberto devolve R$ 200 mil à Câmara dos Deputados após abastecer em posto do irmão com dinheiro público
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Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
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Do Congresso em Foco
O deputado federal Wellington Roberto
(PR-PB) quitou, no último mês de janeiro, uma devolução de quase R$ 200
mil à Câmara após ter reconhecido uma irregularidade no uso da cota
parlamentar.
Por quase seis anos, de outubro de 2009 a
junho de 2015, o congressista gastou R$ 198.196,80 da verba
indenizatória de seu gabinete abastecendo veículos particulares no posto
de combustíveis do irmão e da cunhada, em Campina Grande (PB).
O deputado, que se reelegeu como o
terceiro mais votado da Paraíba nas eleições 2018, com 107.465 votos,
precisou dividir a devolução à Câmara em 37 parcelas de R$ 5.356,68. A
restituição começou em janeiro de 2016 e terminou no mês passado, três
anos depois.
A fraude havia sido descoberta, em junho
de 2015, pela Operação Política Supervisionada (OPS), organização
informal que fiscaliza a aplicação de recursos públicos no Congresso. A
entidade entregou abaixo-assinado à Presidência da Câmara e alertou o
próprio deputado Wellington Roberto, que só concordou em devolver os
valores ao ser obrigado pela Casa.
O Congresso em Foco procurou o
parlamentar, que alegou, via assessoria, que “desconhecia o artigo da
portaria” que proíbe tal prática. O Ato da Mesa 43/2009 determina, em
seu artigo 4º, parágrafo 13, que “não se admitirá a utilização da Cota
para ressarcimento de despesas relativas a bens fornecidos ou serviços
prestados por empresa ou entidade da qual o proprietário ou detentor de
qualquer participação seja o deputado ou parente seu até o terceiro
grau”, o que inclui o irmão.
Em dezembro de 2015, Wellington Roberto protagonizou um incidente que, gravado em vídeo, alcançou 5 milhões de visualizações ao ser noticiado pelo Congresso em Foco. Durante uma reunião do Conselho de Ética para discutir o processo de cassação do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – preso pela Operação Lava Jato em Curitiba há mais de dois anos –, o congressista paraibano trocou ofensas e tapas com o colega Zé Geraldo (PT-PA).
Em dezembro de 2015, Wellington Roberto protagonizou um incidente que, gravado em vídeo, alcançou 5 milhões de visualizações ao ser noticiado pelo Congresso em Foco. Durante uma reunião do Conselho de Ética para discutir o processo de cassação do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – preso pela Operação Lava Jato em Curitiba há mais de dois anos –, o congressista paraibano trocou ofensas e tapas com o colega Zé Geraldo (PT-PA).
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