Médico covarde que agrediu adolescente grávida durante o parto é afastado do cargo
O médico
flagrado agredindo uma mulher gestante durante o trabalho de parto no
Amazonas foi afastado da empresa em que prestava serviços. Armando
Andrade Araújo trabalhava como médico cooperado no Instituto de
Ginecologia e Obstetrícia do Amazonas (Igoam), parceiro da Secretaria de
Saúde do Amazonas (Susam), responsável pelos atendimentos ginecológicos
e de obstetrícia nas maternidades públicas do estado.
O caso ocorreu em maio
de 2018 no Hospital Balbinha Mestrinho, em Manaus, mas as imagens só
começaram a circular apenas nesta semana nas redes sociais. No vídeo, é
possível ver quando o profissional de saúde fala para a vítima, de 16
anos, ficar mais próxima dele, ela tenta descer na maca, mas reclama de
caibrã na perna direita. Uma enfermeira se aproxima para fazer uma
massagem e a sogra da parturiente, que a acompanhava no momento do
parto, diz que a nora não tem condições de ter um parto normal.
Chorando, ela pede que seja feita uma cesariana.
Com a negativa do
médico, a sogra diz que “vai chamar a imprensa”. “Pode chamar. É bom que
eles vão ver que ela não ajuda”, responde o médico. Irritado com a
situação, Araújo se exalta e bate com as duas mãos na virilha da
paciente, que começa a chorar.
Caso só veio à tona após viralizar
Ao Correio,
a Secretaria de Saúde do Amazonas informou que abriu sindicância para
apurar a conduta do médico e que os documentos com a denúncia foram
protocolados na quarta-feira (21/2). “Também nesta quarta-feira, o
secretário estadual de Saúde, Carlos Almeida, convocou a direção do
Instituto de Ginecologia e Obstetrícia do Amazonas (Igoam), empresa ao
qual o profissional é cooperado, para reunião”.

Ainda de acordo com a
Secretaria de Saúde, o órgão só tomou conhecimento do caso após as
imagens viralizarem nas redes sociais. “Antes disso, não houve qualquer
registro na maternidade ou na Ouvidoria de denúncia feita pela paciente
ou pela família”, diz em nota.
Já o Igoam afirmou que
a conduta do profissional flagrado no vídeo foi um “caso isolado, de
caráter individual e não reflete o trabalho coletivo realizado pelos
demais sócios da empresa”.
Médico sob outras suspeitas
Armando Araújo foi
preso em 2015 durante a Operação Jaleco Branco, da Polícia Civil do
Amazonas, sob suspeita de integrar uma quadrilha que extorquia mulheres
para fazer partos e outros procedimentos em hospitais públicos de
Manaus. Ele chegou a ser condenado a dois anos de prisão, mas teve a
pena convertida em prestação de serviço à comunidade, segundo o
Ministério Público do Estado do Amazonas e continuou solto
Sobre esse episódio, o
Igoam afirmou que após a prisão de Armando, em 2015, ele “foi afastado
imediatamente e só foi reconduzido ao exercício dos plantões médicos em
cumprimento a determinação judicial, assinada pela juíza Ida Maria Costa
de Andrade, ao deferimento do pedido liminar do mesmo, mediante
processo número 0619570-10.2015.8.04.0001”.
O Conselho Regional de
Medicina do Estado do Amazonas (Creman) informou, em nota, que a
denúncia contra o médico está sendo apurada. A Polícia Civil do Estado
do Amazonas também investiga o caso.
Fonte: www.correiobraziliense.com.br
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