PT faz missa do 7º dia do irmão do ex-presidente Lula em frente à Polícia Federal nesta terça-feira
Defesa descarta pedir permissão para o ex-presidente participar da cerimônia

© Rodolfo Buhrer / Reuters
O PT marcou para esta
terça-feira (5) em Curitiba um ato religioso para lembrar o 7º dia da
morte de Genival Inácio da Silva, o "Vavá", irmão do ex-presidente Lula.
A celebração será em frente à superintendência da Polícia Federal no
Paraná, onde o petista está preso.
A defesa descarta pedir permissão para o ex-presidente
participar da cerimônia, que começará às 18h na Vigília Lula Livre, nome
dado à mobilização permanente de apoiadores do lado de fora do prédio
onde ele cumpre pena.
Lula requisitou autorização à Justiça para
ir ao velório de Vavá, em São Bernardo do Campo (SP), mas o pedido só
foi atendido minutos antes do sepultamento, na quarta-feira (30), por
uma decisão do ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal).
No
despacho, Toffoli liberou o ex-presidente para estar com os familiares,
mas determinou que o encontro deveria ocorrer em uma base militar, com
esquema rígido de segurança, e que o caixão deveria ser levado ao local,
se assim a família quisesse.
O corpo de Vavá foi sepultado em
meio a protestos de lideranças do partido, familiares e apoiadores, que
viram na demora em conceder a autorização uma manobra para impedir Lula
de sair da prisão e se despedir do irmão.
Lideranças
da sigla como a senadora Gleisi Hoffmann (PR) disseram que o Judiciário
desrespeitou a Lei de Execução Penal, que prevê que condenados que
cumprem pena em regime fechado podem obter autorização para ir
ao funeral de parentes de primeiro grau.
A juíza Carolina Lebbos,
responsável pela execução da pena do ex-presidente, e o TRF (Tribunal
Regional Federal) da 4ª Região negaram o pedido após relatório da PF que
apontou risco à ordem pública e à integridade física de Lula.
A
decisão de Toffoli, criticada por lideranças do PT por ter sido dada
quando já não havia mais tempo para Lula se deslocar até São Bernardo,
abria a possibilidade de que o petista se encontrasse com os familiares
mesmo após o sepultamento do irmão.
A hipótese, no entanto, foi
descartada de imediato pelo entorno do ex-presidente. Horas antes, a
legenda chegou a oferecer um avião para transportar o petista e os
agentes de segurança.
Uma missa de sétimo dia foi realizada neste
domingo (3) em São Bernardo. Ela ocorreu no Santuário Nossa Senhora
Aparecida, perto do Cemitério Pauliceia, onde o corpo foi enterrado na
semana passada.A cerimônia foi tratada com discrição e ficou restrita a
familiares e amigos mais próximos.
Já a celebração marcada para
esta terça em Curitiba, descrita pelos organizadores como um ato
inter-religioso, reunirá, de acordo com representantes do partido de
Lula, caravanas de São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. Parentes do
ex-presidente também devem comparecer.
"Venha se solidarizar com Lula, que foi impedido de velar seu irmão",
diz a convocação espalhada pelos militantes.
Notícias ao Minuto com informações da
Folhapress
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