Após incêndio, Flamengo defende contêineres em Centro de Treinamento: 'Alojamento confortável'
Afirmação é do CEO do clube, Reinaldo Belotti

© Sergio Moraes/Reuters
Quase um dia e meio
após o incêndio em um contêiner que servia como alojamento matar dez
jogadores da base e ferir outros três no CT do Flamengo, o clube carioca
fez sua primeira manifestação pública para se defender da tragédia. Por
cerca de 15 minutos, o CEO rubro-negro, Reinaldo Belotti, falou sobre
as instalações, as quais classificou como "alojamento confortável".
De acordo com o dirigente, o Flamengo "não poupa esforços para
dar o melhor" para os seus jogadores. No fim, assim como fizera o
presidente flamenguista, Rodolfo Landim, na manhã do incêndio, o CEO do
clube carioca não quis responder a perguntas dos jornalistas.
Sem
citar nomes, Belotti rebateu a afirmação do comandante geral do Corpo de
Bombeiros, Roberto Robadey, que na sexta-feira havia chamado o
alojamento de "puxadinho". "Aquilo não era um puxadinho que a gente
escondia, ao contrário. Era um alojamento confortável, adequado ao que
se propunha e que nós mostrávamos com orgulho", afirmou o executivo
rubro-negro.
Belotti defendeu o uso dos contêineres em pelo menos
três oportunidades, lembrando que eles são usados desde 2011, quando o
CT foi inaugurado. "Por esse alojamento passou vários times titulares do
Flamengo, jogadores consagrados, como Ronaldinho Gaúcho e Vagner Love, e
também a seleção olímpica do Brasil", enumerou.
"Aconteceu um
acidente trágico. Não foi por falta de investimento do Flamengo, não foi
por falta de cuidado do Flamengo. Afinal de contas, esse é nosso maior
ativo. Aquela turma que estava dormindo lá é o nosso futuro. Nós
prezamos muito por essa turma", discursou o CEO.
O
executivo também ressaltou que as instalações tinham aprovação de
diversos órgãos. "Ele (alojamento) foi certificado pelo Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que nos emitiu
certificado de regularidade, e pela Ferj e CBF, que emitiram certificado
de clube formador."
O representante do clube carioca também
comentou sobre as ausência de documentação dos Bombeiros e da Prefeitura
do Rio. "O CT, suas licenças, seus alvarás, suas multas... Na
realidade, isso não tem nada a ver com o acidente que ocorreu. Temos
algumas providências a serem tomadas para tornar o CT plenamente
legalizado e estamos trabalhando arduamente nisso com o Corpo de
Bombeiros", afirmou Belotti, que disse ainda que o Flamengo possui oito
certificados de nove exigidos para se ter o alvará.
CAUSAS
- De acordo com Reinaldo Belotti, a perícia dos Bombeiros apontou
preliminarmente que o incêndio começou no aparelho de ar condicionado do
alojamento. Ele reiterou que os equipamentos estavam com a manutenção
em dia, e levantou a hipótese de que o temporal que atingiu o Rio de
Janeiro na quarta-feira à noite tenha ajudado a provocar um
curto-circuito.
"O problema começou no ar-condicionado, mas ninguém pode garantir por
quê. Eles estavam em perfeita ordem. A suposição existente agora é que
os picos de energia podem ter influenciado no funcionamento regular do
ar-condicionado e originado o princípio de incêndio", considerou. "Nós
tivemos todo o cuidado, nós não poupamos esforços para dar o melhor para
o nosso pessoal, mas infelizmente, uma sucessão de eventos após um dia
catastrófico no Rio de Janeiro nos trouxe essa catástrofe ainda maior."
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