Doutor Bumbum diz que paciente morta teria mentido durante consulta médica
Segundo o médico, a paciente Lilian Calixto 'usava anabolizante'

© Reprodução / Instagram
O médico Denis Cezar Barros Furtado, conhecido como Doutor Bumbum, ganhou
liberdade na última quarta-feira (30), beneficiado por um habeas corpus
concedido por desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de
Justiça do Rio.
Em conversa com o jornal Extra, o acusado de envolvimento na
morte da paciente Lilian Quezia Calixto de Lima afirma que a paciente
mentiu durante consulta médica antes da aplicação da substância PMMA —
um derivado de acrílico — em seus glúteos.
A bancária morreu um dia depois do procedimento, e Denis foi preso.
No
entanto, ele alega que Lilian omitiu que usava anabolizantes e
anticoncepcionais. "Ela usava anabolizantes e omitiu essa informação na
consulta de pré-realização do atendimento. Também usava
anticoncepcionais e não disse. Nunca se deve mentir para o médico",
afirma o médico.
Além disso, Denis argumentou ao Extra que a morte
da paciente não tem relação com a aplicação. "Precisamos desmistificar a
bioplastia. Dizem que o procedimento foi feito em local impróprio. Não é
verdade. A bioplastia é uma injeção. É para ser feito em consultório. E
um consultório pode ser montado em qualquer lugar. Não é um
procedimento que se faz em ambiente hospitalar. Ela não morreu por causa
do procedimento. O laudo feito pelo perito comprova que ela teve um
infarto", diz o médico.
Denis comentou também sobre a sua relação com o ex-governador Sérgio Cabral. "Recebi
parabéns de todos os meus colegas, inclusive o Cabral, por ter
conseguido minha soltura por unanimidade (na 7ª Câmara Criminal). Fui
muito bem tratado, com muito respeito, por todos eles", disse Doutor
Bumbum.
O médico também disse que usava os seus conhecimentos em
medicina para aconselhar colegas de cela. "Se estudei e tenho
conhecimento para pegar ritmo cardíaco, pressão, saber se alguém está
sentindo dor, tenho que ajudar. Não eram atendimentos, mas avaliações.
Lá, não tem médicos dentro da unidade. O atendimento é precário. Por
isso, aconselhava a procurarem a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento,
para onde são levados os presos doentes). Ninguém queria ir para a UPA,
mas dizia que podia ser importante. Se um preso tinha enjoo, queda de
pressão abrupta, já era um sinal de que essa pessoa precisava de um
hospital. Essa avaliação inicial pode ser a diferença entre a vida e a
morte, e pude ajudar meus amigos dessa maneira", contou.
Notícias ao Minuto
Nenhum comentário:
Postar um comentário