Procuradora-geral da República diz que o médium João de Deus deve ser mantido preso
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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
A
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, enviou parecer ao Supremo
Tribunal Federal (STF), em que reafirma a necessidade de manutenção da
prisão preventiva do médium João Teixeira de Faria, o João de Deus. Ela
sugere que o pedido liminar da defesa para prisão domiciliar humanitária
seja indeferido.
A decisão foi divulgada ontem (5) à noite. João
de Deus é acusado pela prática de crimes de exploração sexual e estupro e
está preso desde16 de dezembro.
A manifestação de Raquel Dodge é
uma resposta à solicitação do presidente do Supremo, Dias Tofolli, após
um novo pedido apresentado pela defesa de João de Deus. Os advogados
alegam que o médium tem graves problemas de saúde e que a unidade
prisional de Abadiânia não tem serviço de saúde adequado a sua situação.
No
documento, a procuradora descreve que foram fornecidas informações
detalhadas acerca da situação processual e dos atendimentos médicos aos
quais João de Deus foi submetido nos últimos dias, inclusive que juíza
Marli de Fátima Naves afirmou que não houve intercorrências.
“Em
nenhum dos atendimentos médicos registrados no relatório foi
especificado algum problema de saúde do paciente que não possa ser
acompanhado e tratado no estabelecimento prisional onde se encontra”,
diz Raquel Dodge no documento. Para ela, a lei não autoriza a concessão
de prisão domiciliar de caráter humanitário ao paciente, por falta de
fundamento.
Agência Brasil
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