Começa neste domingo eleição para vereador na Venezuela, com previsão de vitória do governo
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| AFP / YURI CORTEZ | 
As
 seções eleitorais abriram as portas neste domingo (9), na Venezuela, 
dia em que a população vai às urnas escolher seus vereadores.
Os 
postos de votação iniciaram os trabalho às 6h locais (8h em Brasília) e 
permanecerão abertos por 12 horas. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) 
costuma estender a janela de horário.
Cerca de 20,7 milhões de 
venezuelanos de um total de 30,6 milhões estão habilitados para eleger 
2.459 vereadores em 335 câmaras municipais.
Com essa eleição, o 
chavismo espera fortalecer seu controle institucional com a eleição de 
2.459 vereadores em 335 câmaras municipais. Hoje a oposição controla 80 
assembleias.
O caminho parece aberto. A previsão é de uma nova 
vitória do governo Maduro, já que os principais partidos de oposição 
foram considerados inabilitados pelo órgão eleitoral para participarem 
da disputa, em meio a profundas divisões entre os setores políticos 
contrários ao presidente.
“Nosso povo vai responder (…). Faço um 
convite a que todos, para além de sua posição ideológica, saiam para 
exercer seu direito de voto”, disse no sábado (8) Julio León Heredia, 
chefe de campanha do PSUV, diante das projeções de um alto índice de 
abstenção.
Analistas antecipam uma baixa participação, devido à 
sombra de parcialidade que paira sobre o CNE, à exclusão das maiores 
siglas de oposição por terem boicotado a eleição presidencial de 20 de 
maio passado e ao desânimo pela severa crise econômica.
Em 
resposta às denúncias contra o CNE, Tania D’Amelio, uma de suas 
reitoras, garantiu que o processo deste domingo está “blindado”, com 15 
auditorias prévias.
A abstenção no último pleito chegou a 54%, a 
mais alta para uma eleição presidencial desde o estabelecimento da 
democracia na Venezuela em 1958.
As eleições deste domingo foram 
convocadas pela Assembleia Constituinte, integrada apenas pelos 
deputados chavistas. Este ano, o órgão também convocou eleições para 
prefeito, governador e presidente, com novas regras e fora dos prazos 
estipulados, com amplas vitórias para o governista Partido Socialista 
Unido da Venezuela.
“O oficialismo vai capturar a maioria das 
câmaras municipais com um nível de abstenção histórico”, comentou o 
diretor do instituto de pesquisa Delphos, Félix Seijas, em conversa com a
 AFP.
Foi uma “campanha de chats de WhatsApp, reuniões de moradores, panfletagem nas esquinas”, relatou Seijas.
A
 eleição de vereadores acontece a menos de um mês de o presidente 
Nicolás Maduro assumir um segundo mandato (2019-2025). Estados Unidos, 
União Europeia (UE) e vários países da América Latina já disseram que 
não vão reconhecer seu governo.
AFP

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