Próximo adversário do Brasil, seleção da Costa Rica vive clima turbulento
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Foto: David Gray/Reuters |
A
Costa Rica não vive uma boa fase antes de encarar o Brasil. Muito pelo
contrário. O ambiente costarriquenho não é nada bom tanto dentro, quanto
fora de campo. Como se não bastasse a derrota na estreia para a Sérvia,
mensagens anônimas andam circulando em grupos de WhatsApp, dizendo que o
grupo está rachado. De um lado os jogadores que atuam na Europa, do
outro os que jogam na MLS (Major League Soccer), a liga dos Estados
Unidos.
Segundo
o “Diário Extra”, da Costa Rica, o elenco possui três grupos, liderados
por Keylor Navas, Celso Borges e Bryan Ruiz, capitão da equipe.
Um
episódio reforçou os rumores da rede social. O atacante Johan Venegas,
que joga no Minnesota United-EUA, e o zagueiro Giancarlo González, do
Bologna-ITA, se estranharam no treino desta segunda-feira.
A
equipe brincava em uma “roda de bobo”, quando González chutou a bola e
derrubou Celso Borges. Venegas não gostou, foi tirar satisfação e os
atletas discutiram.
Por meio de sua conta no Twitter, Venegas desmentiu a briga com Pipo e ainda afirmou que “o grupo está mais unido do que nunca”.
–
Não, senhores. Pipo e eu não brigamos e nem estamos bravos. A dinâmica
do treinamento nos leva a brincar dessa e outras formas.
Lamentavelmente, depois de uma derrota querem colocar tudo da pior
forma. A única verdade é que estamos mais unidos do que nunca e
dispostos a lutar até o último minuto.
O
elenco da Costa Rica voltou a treinar nesta terça-feira, em São
Petersburgo. Venegas falou com a imprensa e se fez de desentendido
quando perguntado sobre o episódio do dia anterior.
– De que vídeo estão falando? – disse o atacante.
O
também atacante Marcos Ureña veio a público para colocar panos quentes
na discussão da atividade de segunda-feira e desmentir a informação de
que o grupo da Costa Rica estaria rachado.
–
Eu testemunhei o que aconteceu. Foi uma discussão normal. Nós sabemos
que estamos unidos, o que aconteceu ontem por causa da derrota vai ser
muito aumentado.
Tudo
o que foi dito é mentira. Não há divisão entre Europa, MLS ou Costa
Rica. O resultado contra a Sérvia nos doeu muito, mas estamos unidos
pensando no Brasil – disse Ureña.
Presidente e capitão dão satisfação
Até
o presidente da Federação Costarriquenha de Futebol, Rodolfo
Villalobos, veio a público para comentar sobre o assunto, tamanha
repercussão negativa. Villalobos não escondeu a insatisfação de ter que
se pronunciar sobre o assunto ao invés de comentar o futebol da equipe.
–
Acho uma pena que hoje a imprensa não fale de futebol. Infelizmente,
agora estamos aqui para falar sobre uma questão tão desagradável porque
parece que isso é o importante agora. Isso é uma coisa sem vergonha para
escrever, parece ser algo que não é escrito por um costarriquenho, ou
por alguém que ama futebol. Uma mensagem anônima é o mais baixo que há. A
gente coloca a cara e não nos escondemos atrás de um papel – disse
Villalobos.
Após
o mandatário, foi a vez do capitão Bryan Ruiz falar com a imprensa.
Para ele, tudo não passa de uma “fofoca sem pé nem cabeça”.
–
Nós não entendemos como uma fofoca sem pé nem cabeça de uma pessoa
anônima está dando tanta repercussão. Às vezes não vamos esclarecer
porque são mentiras. Mas neste momento vamos esclarecer para ser forte
para um jogo como o de sexta-feira, que queremos ganhar.
Para o capitão, o desentendimento entre González e Venegas é coisa normal no futebol.
–
Eu acho que o problema é com oportunistas, e é isso que está
acontecendo agora. No vídeo ao vivo gravado pela Federação, é algo
incomum. Eu não vou dizer que isso acontece todos os dias, mas essas
coisas acontecem muito no futebol, e isso é normal.
Brasil
e Costa Rica se enfrentam nesta sexta-feira, às 9h (de Brasília), em
São Petersburgo, pela segunda rodada do Grupo E da Copa do Mundo.
GE
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