Movimento sindical comemora nesta sexta-feira saída de Pedro Parente da Petrobras
As
duas maiores centrais sindicais do país comemoraram hoje (1º) o pedido
de demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras. Em nota, a
Força Sindical afirmou que “a saída do presidente da Petrobras, Pedro
Parente, só trará benefícios para a sociedade brasileira”. Segundo a
central, Parente “prejudicava a classe trabalhadora”.
Já a Central Única dos Trabalhadores (CUT) afirmou, em seu site,
que a queda de Pedro Parente demonstraria a vitória dos petroleiros
(que suspenderam a greve ontem). Para os sindicatos e federações ligados
à CUT, Parente foi o “responsável pelo caos que se instalou no país com
a paralisação dos caminhoneiros”.
A Federação Única dos
Petroleiros (FUP), que defendeu em greve a substituição de Parente,
disse ter visto com “alívio” o pedido de demissão, segundo o coordenador
da entidade no Rio de Janeiro, José Maria Rangel. Ele defendeu mudanças
na política de preços por considerá-la danosa ao país. Segundo ele, não
adianta a Petrobras ter lucro bilionário, enquanto os brasileiros pagam
caro pelos combustíveis. Rangel lembrou que o Brasil tem importado óleo
diesel dos Estados Unidos, enquanto as refinarias do país estão
ociosas.
O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras
(Aepet), Felipe Coutinho, também avaliou que a política de preços
baseada no mercado internacional é prejudicial não só à população
brasileira, mas também ao governo e até à própria Petrobras. Coutinho
afirmou ser preciso acompanhar as últimas medidas do governo sobre o
diesel para ver se não há risco de continuarem, na sua avaliação, a
favorecer importadores.
Empresários
A Confederação
Nacional do Transporte (CNT), que representa os empresários do setor,
divulgou nota em que considera “muito positiva” a demissão de Pedro
Parente da presidência da Petrobras. “Parente foi o maior responsável
pela crise que o Brasil enfrentou com a greve dos caminhoneiros. Nada
justifica os preços abusivos do diesel praticados pela empresa nos
últimos meses”, afirma o presidente da CNT, Clésio Andrade.
Já o
presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, lamentou a saída de
Pedro Parente. Em nota, ele destacou que a empresa teve uma valorização
de mercado de R$ 200 bilhões durante a gestão de Parente, que “trouxe
esperança para o mercado de petróleo e gás”. Ele disse ainda esperar que
o próximo gestor dê continuidade à retomada da recuperação da
Petrobras.
Agência Brasil

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