Homem de confiança das gestões de Lula e Dilma negocia nova delação, desta vez com o Ministério Público Federal em São Paulo
Ex-ministro já fechou acordo de colaboração com a Polícia Federal no Paraná, em abril último

Foto: autor desconhecido.
Depois de fechar acordo
de delação premiada com a Polícia Federal (PF) no Paraná, em abril
último, o ex-ministro Antonio Palocci agora tenta fechar acordo de
colaboração com a força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público
Federal (MPF) em São Paulo.
Homem de confiança, na área econômica e política,
das gestões de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff
(2011-2016), ele está preso em Curitiba, por ordem do juiz Sergio Moro.
De acordo com informações da Folha de São Paulo, os advogados dele,
Adriano Bretas e Tracy Reinaldet, viajaram à capital paulista, em
fevereiro, para se reunir com os investigadores. Depois, outros
encontros já ocorreram.
Neles, a defesa teria afirmado que pode apresentar casos inéditos de
corrupção vinculados à consultoria Projeto. A empresa foi criada por
Palocci em 2011 e foi responsável por fazê-lo adquirir patrimônio
milionário.
Preso preventivamente desde setembro de 2016, Palocci é réu acusado
de participar de um esquema de corrupção envolvendo a empreiteira
Odebrecht e contratos de sondas com a Petrobras. No processo, foi
condenado a 12 anos de prisão.
Ele também já havia tentado fechar acordo com o Ministério Público
Federal no Paraná, mas não obteve sucesso. Há uma disputa entre a PF e o
MPF em torno da competência dos órgãos para tratar de colaborações. A
palavra final ainda será dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A conversa com o Ministério Público de São Paulo justifica-se porque,
ainda conforme a Folha, os supostos crimes teriam acontecido no estado.
A peça será composta de cerca de dez anexos, contendo denúncias de
condutas criminosas.
Notícias ao Minuto
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