Médica de Cuiabá anuncia que decidiu ser submetida à morte assistida na Suíssa

“Em
16 dias, estarei longe, na Suíça, fazendo o que me deixará livre da dor
e do medo”. Com a postagem, publicada nas redes sociais, a
matogrossense Letícia Franco, de 36 anos, anuncia que decidiu ser
submetida à morte assistida.
A oftalmologista de Cuiabá avisou ainda que, dois dias depois apagaria a própria conta no Facebook.
“A
toda minha família, deixo meu mais sincero amor”, escreveu ela. A
médica sofre de dermatopolimiosite, desde 2011. A doença autoimune causa
uma inflamação crônica na musculatura. Dentre os sintomas que afligem Letícia Franco, “dores pelo corpo e nos músculos, febre baixa, desânimo e
dificuldade para se movimentar”.
Conforme familiares de
Letícia contaram ao jornal Livre, a médica teve o diagnóstico confirmado
por uma equipe médica da Universidade de São Paulo (USP). A mãe da
matogrossense, que também é médica e não quis identificar-se, informou
que a filha precisa ser acompanhada por duas pessoas da família para
fazer a morte assistida: “mas que mãe acompanha a própria filha para a
morte?”, perguntou ao jornal do Mato Grosso.
A condição é
considerada rara e, como aponta a Sociedade Brasileira de Reumatologia,
citada pelo jornal Metrópoles, de 2 a 10 pacientes são diagnosticadas
com dermatopolimiosite por ano, em uma população de um milhão de
pessoas.
Como no Brasil a eutanásia é proibida, a
oftalmologista irá para a Suíça. Outros países da Europa, como Holanda,
Bélgica e Alemanha permitem a morte assistida – assim como alguns
estados do Canadá e dos Estados Unidos.
Notícias ao Minuto
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