Empresário Wesley Batista deixa a sede da Polícia Federal; seu irmão Joesley permanece preso
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(Foto: Leonardo Benassato / Reuters) |
O
empresário Wesley Batista, sócio da JBS, deixou a carceragem da Polícia
Federal (PF) de São Paulo, no bairro da Lapa, zona oeste, por volta das
3 horas da madrugada desta quarta-feira (21). A informação foi
confirmada por um de seus advogados, Pierpaolo Bottini, e pela própria
PF.
Wesley saiu por um portão de circulação de funcionários sem
falar com a imprensa e foi para casa. Seu irmão Joesley, no entanto,
segue preso porque há um segundo mandado de prisão contra ele,
determinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson
Fachin, no caso em que o empresário é acusado de descumprir seu acordo
de delação premiada.
Os irmãos Batista tiveram a prisão preventiva
substituída por medidas cautelares por decisão de três dos cinco
ministros do Superior Tribunal de Justiça, em decisão desta terça-feira
(20). O habeas corpus foi concedido na prisão por insider trading, ou
uso de informação privilegiada, por supostamente terem se beneficiado
com a compra de dólares e venda de ações no mercado financeiro.
Dentre
as medidas impostas a Wesley pelo STJ, está a de ser submetido a
monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica, de não se aproximar
ou ter contato com réus ou testemunhas e ocupar cargo no conjunto de
empresas envolvidas no caso.
Os irmãos Batista foram presos em
setembro do ano passado, depois de terem os acordos de delação premiada
rescindidos pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Advogado
de Joesley e Wesley Batista no caso de insider trading, Pierpaolo
Bottini, que sustentou oralmente no STJ, afirma que a decisão pela
liberdade de seus clientes foi “técnica, precisa e revelou que a justiça
tem capacidade é bom senso de apartar-se de discussões emocionais para
manter o respeito à lei”.
Extra
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