Ministério Público Federal pede prisão de empresários condenados por trabalho escravo
Empresários teriam deixado trabalhadores em situações análogas à escravidão
Trabalhadores não teriam acesso a equipamentos de segurança - (Foto: Reprodução/dmtemdebate) |
O ministério Público Federal (MPF) em Campina Grande
pediu a prisão de Marcelo Renato Arruda e do filho dele, George Luis
Arruda por crime de redução à condição análoga à de escravo, tendo como
vítimas 30 trabalhadores. Os empresários, proprietários da João Arruda
Construções e Mineração LTDA, em Boa Vista e da Companhia de Mineração
Dolomil, em Campina Grande foram condenados em segunda instância e
cumprirão pena, Marcelo, de 4 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão em
regime inicial semiaberto e George de 5 anos e 3 meses de reclusão, em
regime inicial semiaberto.
Além disso eles terão de pagar multas que somam quase R$ 300 mil. O
Tribunal Regional Federal (TRF) da 5a Região, em Recife, acatou uma
apelação do MPF para ampliação da pena dos réus. Segundo o Ministério
Público Federal, os empresários seriam donos de uma empresa que
comercializa Equipamentos de Proteção Individual, mas os funcionários da
mineração não tinham acesso aos equipamentos adequados para trabalhar.
Pai e filho foram condenados em segunda instância, tendo penas
majoradas pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região, em Recife, a
pedido do MPF. Marcelo foi condenado a pena privativa de liberdade de 4
anos, 4 meses e 15 dias de reclusão, em regime inicial semiaberto, além
de R$ 239.700,00 de multa; e George a pena privativa de liberdade de 5
anos e 3 meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, além de R$
57.120,00 de multa.
Com esse pedido por parte do MPF sendo acatado pelo tribunal, fica
inviabilizada a substituição das penas privativas de liberdade. O
Ministério Público requereu a execução das penas impostas aos dois réus
nesta quarta-feira (21).
Trabalho escravo - Segundo relatório de fiscalização
de auditores do Ministério do Trabalho e Emprego, as irregularidades
que indicaram a situação degradante a que os trabalhadores estavam
submetidos foram agrupadas em cinco conjuntos principais: água para
consumo pessoal, alojamento, condições sanitárias e de higiene,
alimentação e condições de trabalho. Os direitos trabalhistas também não
eram respeitados.
ClickPB
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