Mesmo condenado Lula mantém vantagem sobre os demais pré-candidatos, diz pesquisa Datafolha
Pesquisa Datafolha divulgada
na última quarta-feira mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, mesmo condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(TRF-4), manteve vantagem sobre os demais pré-candidatos à Presidência
da República.
Segundo
o levantamento, que foi realizado na segunda e na terça-feira, o
petista tem até 37% das intenções de voto. No entanto, a briga por uma
vaga fica acirrada caso Lula seja impedido de disputar a eleição — a
condenação na segunda instância do Judiciário o enquadra na Lei da Ficha
Limpa.
Lula lidera o primeiro turno em todos os cenários em que seu nome é colocado, com percentuais que variam de 34% a 37%.
Em um cenário sem Lula, Bolsonaro aparece com 18%, seguido por Marina (13%), Ciro Gomes (10%), Alckmin (8%) e Luciano Huck (8%).
No
segundo turno, Lula venceria o tucano Geraldo Alckmin por 49% a 30%; a
ex-senadora Marina Silva (Rede) por 47% a 32%; e o deputado Jair
Bolsonaro (PSC) por 49% a 32%.
Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro também seria derrotado por Marina Silva (42% a 32%) e Alckmin (35% a 33%).
O
Datafolha fez 2.826 entrevistas em 174 municípios. A margem de erro da
pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos. A pesquisa foi
registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR
05351/20018. O levantamento foi divulgado pelo jornal “Folha de
S.Paulo”.
O
Datafolha também mostra que Lula perdeu pontencial de transferência de
voto. Em novembro, o percentual de eleitores que não votariam no
político apoiado por Lula era de 48%. A pesquisa desta quarta-feira
registra 53% de rejeição a qualquer nome indicado pelo ex-presidente.
Apesar
da queda, a influência de Lula não pode ser desconsiderada como cabo
eleitoral. Isso porque 27% dos entrevistados ressaltam que o
ex-presidente “com certeza” influenciaria suas escolhas, e 17% afirmam
que “talvez” seguissem a indicação do petista.
O
Datafolha também levantou como seria a performance do juiz Sérgio Moro,
responsável pela condenação de Lula na primeira instância, no ano
passado. Segundo a pesquisa, 50% dos entrevistados não votariam no
candidato apoiado pelo magistrado, enquanto 25% confirmaram que
seguiriam a indicação dele. Outros 22% admitiam a possibilidade de
ouvi-lo e votar com ele.
O
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por sua vez, garante o voto de
11% dos eleitores aos seus apadrinhados. Outros 22% estudariam votar no
nome apoiado pelo tucano. Mas 64% dos entrevistados rejeitam a
indicação do líder do país entre 1995 e 2002.
Michel
Temer é o cabo eleitoral mais impopular das opções estudadas pelo
instituto: 87% dos eleitores rejeitam o candidato do presidente, apenas
4% acolheriam a indicação e 8% avaliaram a possibilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário