Polícia Federal acha offshore de Rocha Loures, o homem da mala de Michel Temer
PF entregou ao STF contratos de abertura de uma offshore nas Ilhas Virgens
No momento em que o diretor-geral da Polícia Federal, Fernando
Segóvia, fala em arquivar o caso das propinas no Porto de Santos,
beneficiando diretamente Michel Temer, uma outra investigação da
corporação implica ainda mais o seu homem da mala, o ex-deputado Rodrigo
Rocha Loures.
A PF entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) contratos de abertura
de uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas em nome do pai, da mãe e da
irmã de Rocha Loures.
Os papéis foram apreendidos no dia 6 de junho, na sede da empresa
Nutrimental, que foi foi alvo de buscas e apreensões no âmbito da
Operação Patmos, que prendeu preventivamente o ex-assessor de Temer. Ele
foi flagrado em ação controlada correndo com uma mala de R$ 500 mil
entregue pelo diretor de Relações Institucionais da J&F, Ricardo
Saud.
No local, foram encontrados documentos de constituição da empresa Belix
Ventures Limited, aberta no dia 21 de julho de 2015, nas Ilhas Virgens
Britânicas. A sociedade está em nome de Rodrigo Costa, pai do
peemedebista, da mãe Vera Lilia, e da filha, Izabela Santos.
A representante da Belix nas Ilhas Virgens é outra offshore: a Global
Corporation Consultant, situada na capital do país, Road Town, que fica
na ilha de Tortola. O agente responsável pela Global é o advogado
panamenho Gilberto Arosemena, especialista em fundação de offshores.
Nos documentos de constituição da Belix, a família Rocha Loures
preencheu um campo que se refere ao 'detalhamento da natureza da
empresa' com uma palavra: 'investimentos'
As Ilhas Virgens Britânicas são consideradas um 'paraíso fiscal' porque
sua legislação permite que fiquem em segredo os nomes dos reais donos
das empresas lá constituídas, além de oferecer alíquotas de tributação
baixíssimas. Segundo a Transparência Internacional, empresa offshore é
uma 'sociedade limitada que não tem presença física na jurisdição, não
tem funcionários e não tem atividade comercial'.
WSCOM com informações do blog do jornalista Fausto Macêdo
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