A chave da felicidade em longo prazo é a “flexibilidade psicológica”; saiba mais
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Ser
feliz 100% do tempo é uma sonho nada realista que muitos têm. Mas mesmo
com as situações de estresse e tristeza que todos passam, é possível
ser feliz em longo prazo, contanto que haja um estado mental positivo e
uma visão de futuro otimista.
Uma metanálise realizada em 2010 na Universidade do Sul da Flórida e publicada na revista Clinical Psychology Review mostra que é a flexibilidade psicológica que traz a felicidade em longo prazo.
Segundo
o autor, Todd Kasdan, existem correntes da psicologia que defendem que a
felicidade é atingida quando a proporção de eventos positivos para
negativos é de 3:1, e que a infelicidade extrema acontece quando há
apenas um evento positivo para cada 11 negativos. Existe também a ideia
de que para ser feliz, é preciso sentir conexão com os outros, se sentir
competente e acreditar que suas vontades, comportamentos e objetivos de
vida existem exclusivamente por sua livre vontade.
“Porém, essas
abordagens não conseguem captar comportamentos dinâmicos, flutuantes e
específicos para diferentes contextos que acontecem quando as pessoas
navegam os obstáculos da vida comum”, escreve ele.
Para ele, é a
flexibilidade psicológica que é a chave para a felicidade. Mas, afinal
de contas, o que isso significa? Segundo ele, são os processos dinâmicos
que acontecem com o tempo. Esta flexibilidade pode refletir em como uma
pessoa reconfigura seus recursos mentais; como muda de perspectiva;
como equilibra desejos concorrentes; e como se adapta a demandas
diferentes.
Quem
tem menos flexibilidade psicológica acaba ruminando e se preocupando
mais com os acontecimentos, tem inabilidade em se reconectar a pessoas
depois de eventos estressantes, e tem dificuldade em planejar e
trabalhar em objetivos distantes.
Segundo
o autor, para melhorar esta flexibilidade, a pessoa deve trabalhar em
quatro áreas diferentes: neuroticismo (tendência a sentir emoções
negativas), emoção positiva (capacidade de experimentar emoções
positivas), abertura para experiências, e auto-controle.
“Seres
humanos têm o potencial de tolerar melhor e usar de forma mais
eficiente suas emoções, pensamentos e comportamento para extrair os
melhores resultados em situações variáveis”, diz o autor na conclusão do
trabalho.
HypeScience - [NCBI] - Por Juliana Blume
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