Temer diz que acionou Polícia Federal para investigar aumentos no preço da gasolina
“Não vamos permitir isso. Vamos colocar a Polícia Federal, o Cade, atrás dessa fiscalização para impedir essa espécie de quase agressão ao consumidor. Essa providência está sendo tomada”, disse o presidente
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Temer afirmou que governo estuda medidas para reduzir o impacto do preço do gás de cozinha para a população de baixa renda, a serem anunciadas em breve - (Foto: Reprodução) |
O presidente Michel Temer disse hoje (9) que
considera uma “agressão ao consumidor” o fato de que as reduções de
preços da gasolina anunciadas pela Petrobras nas refinarias não são
repassadas às bombas. Segundo ele, o governo não vai permitir esse
comportamento e foi determinado que a Polícia Federal (PF) e o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) fiscalizem os postos.
“Determinamos ao Cade e à Polícia Federal que fiscalizem os
postos”, disse, em entrevista à Rádio Guaíba. O presidente explicou que
“a Petrobras decidiu fazer os aumentos ou as reduções de acordo com os
preços internacionais. Quando tem aumento, a bomba de gasolina registra o
aumento e quando tem redução, não registra a redução. Não vamos
permitir isso. Vamos colocar a Polícia Federal, o Cade, atrás dessa
fiscalização para impedir essa espécie de quase agressão ao consumidor.
Essa providência está sendo tomada”, disse.
Ontem (8), o ministro da Secretaria-geral da Presidência, Moreira
Franco, se reuniu com o presidente do Cade, Alexandre Barreto, e pediu
que o Conselho investigue os preços praticados por postos de
combustíveis.
Temer afirmou que governo estuda medidas para reduzir o impacto do
preço do gás de cozinha para a população de baixa renda, a serem
anunciadas em breve. “Houve aumento no botijão do gás de cozinha e estou
examinando uma fórmula de compensar esse aumento para os mais pobres
porque é para eles que o gás de cozinha tem um efeito muito grade”,
disse.
Reforma da Previdência
O presidente voltou a defender a reforma da Previdência, dizendo que
ela é fundamental para o equilíbrio das contas públicas e não atinge os
mais pobres. Questionado sobre o nota que daria, de 1 a 10, para o grau
de esperança na aprovação da reforma na Câmara dos Deputados, Temer
respondeu que hoje é 7. “Mas espero chegar a 10”, completou.
“Você sabe que também é um problema, você precisa convencer os
colegas, os parlamentares. Me deram um apoio extraordinário. Fiz do
Legislativo um parceiro do governo e por isso conseguimos isso tudo que
conseguimos até agora e, se Deus quiser, vamos conseguir também na
Previdência”, disse Temer.
Venezuela
Sobre a Venezuela, Temer disse que a posição do Brasil é de uma
atuação diplomática, responsável e contestadora em relação ao que está
ocorrendo no país. Temer disse ainda que o Brasil busca uma ajuda
humanitária aos venezuelanos que atravessam a fronteira e lembrou que
ministros estiveram em Roraima ontem (9) para verificar a situação e
estudar medidas de apoio. A prefeitura de Boa Vista estima que cerca de
40 mil venezuelanos se estabeleceram na cidade após fugir da crise
econômica e política que o país vizinho atravessa.
Ministra do Trabalho
Em relação ao impasse em torno da posse da ministra do Trabalho,
Cristiane Brasil, o presidente Temer disse que se trata de uma questão
de princípio, pois a Constituição estabelece que é competência privativa
do presidente da República nomear ministros. “Isso não é revisável,
especialmente por um juiz de primeiro grau”, afirmou. Temer avaliou
ainda que Cristiane é uma deputada “competente e presta bons serviços”.
Candidatura
Ao final da entrevista à Rádio Guaíba, Temer foi perguntado se
poderia ser candidato nas próximas eleições presidenciais, e respondeu
que “no momento sou candidato a passar na história como alguém que pegou
o país numa recessão profunda, saiu da recessão e nesses últimos seis
meses, apesar dos embates todos, conseguiu fazer as reformas necessárias
para o país não só crescer agora, mas continuar crescendo e se
desenvolvendo mais pra gente. Minha candidatura, por enquanto é essa”.
Agência Brasil
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