Um ano após acidente, filho de Teori Zavascki não descarta assassinato do pai
Ministro do STF faleceu em queda de avião de pequeno porte em Paraty, no Rio; relembre o caso

© Reuters Photographer
O acidente aéreo que vitimou
o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), e mais
quatro pessoas em Paraty (RJ) completa um ano no próximo dia 19. Após
doze meses, as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público,
órgãos que podem apontar eventuais responsáveis pela queda da aeronave
de pequeno porte, ainda não foram concluídas.
O filho mais novo do ministro,o advogado Francisco Zavascki,
define como uma "agonia" para a família a demora para respostas sobre o
caso. "Imagino que, em um caso dessa repercussão, a polícia esteja
tomando todas as medidas cabíveis e adotando todas as precauções para
que se tenha a conclusão mais segura possível. Mas acho que se
justificam as ilações de que também possa ter havido homicídio, já que
eram tantas as coincidências e já que o momento era tão propício...",
disse Francisco ao UOL, em referência à proximidade de homologação das
delações da empreiteira Odebrecht pelo então relator da Lava Jato.
"Quero
acreditar que foi um acidente; eu ficaria mais feliz se descobrisse que
foi – até porque, não tenho nenhum dado objetivo que diga que foi ou
não um homicídio, já que as investigações não terminaram. Quero ler as
conclusões [do inquérito] e tirar as minhas próprias conclusões",
afirmou ele.
O
advogado chegou a levantar a hipótese em um post de Facebook, dias após
a fatalidade. Na publicação, ele falou sobre a apreensão de seu pai com
relação a 2017 ao saber "quanto cada um estava afundado nesse mar de
corrupção" e concluiu: "não tenho como não pensar que não mandaram matar
o meu pai!".
Agora, mesmo um ano depois, Francisco diz que não se
conforma com a morte. "Ainda não consegui conviver direito com essa
perda, ainda não me conformei. Parece que foi ontem e, ao mesmo tempo,
parece uma ferida que nunca sara", explica.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o órgão responsável por
esse tipo de apuração, o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos), "não trabalha com prazos para a investigação de
acidentes". "O processo é proporcional à complexidade da ocorrência",
informou, em nota, a entidade.
Notícias ao Minuto
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