Estrelas de Hollywood lançam iniciativa contra assédio sexual generalizado nos EUA
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(Foto: Paul Drinkwater/NBC via AP) |
Mais
de 300 atrizes, escritoras, diretoras, agentes e outras executivas do
entretenimento revelaram nessa segunda-feira (1) uma iniciativa para
enfrentar o assédio sexual generalizado em Hollywood e em empregos da
classe trabalhadora em todo os Estados Unidos.
O
plano, chamado Time’s Up, inclui um fundo de defesa legal que até agora
arrecadou US$ 13,4 milhões(cerca de R$ 44,6 milhões) da sua meta de US$
15 milhões para proporcionar apoio legal subsidiado a mulheres e homens
que foram sexualmente assediados, agredidos ou abusados em seu local de
trabalho.
Entre
os membros do Time’s Up estão as atrizes Cate Blanchett, Ashley Judd,
Natalie Portman e Meryl Streep, a presidente da Universal Pictures,
Donna Langley, a escritora feminista Gloria Steinem, a advogada e
ex-chefe de gabinete de Michelle Obama Tina Tchen e uma das presidentes
da Nike Foundation, Maria Eitel.
A
iniciativa presta atenção especial a pessoas com baixos salários, como
empregadas domésticas, porteiros, garçonetes, trabalhadores de fábricas e
da agricultura.
“Com
muita frequência, o assédio persiste porque os perpetradores e os
empregadores nunca enfrentam nenhuma consequência”, expressaram as
promotoras do plano em uma carta aberta publicada no site do grupo,
assim como em um anúncio de página inteira no The New York Times e no
jornal em espanhol La Opinión.
Time’s
Up, que se traduziria como “o tempo acabou”, também pede que haja mais
mulheres em postos de poder e liderança, assim como igualdade de
benefícios, oportunidades, remuneração e representação para as mulheres,
e insta os meios a concentrarem a atenção nos casos de abuso em
“mercados menos glamourosos e valorizados”.
“Seguimos
comprometidos a fazer com que nossos lugares de trabalho sejam
responsáveis, impulsando mudanças rápidas e efetivas para que a
indústria do entretenimento seja um lugar seguro e equitativo para
todos”, afirma a carta.
Também
promete contar “histórias de mulheres através de nossos olhos e vozes
com o objetivo de mudar a percepção e o tratamento das mulheres de nossa
sociedade”.
E
chama as mulheres para se vestirem de preto na cerimônia dos Globos de
Ouro de domingo (7), como uma declaração contra a desigualdade de gênero
e racial, assim como para aumentar a consciência sobre os esforços do
grupo.
O
movimento se formou depois de que uma avalanche de acusações pôs fim à
carreira de homens poderosos do entretenimento, dos negócios, da
política e dos meios de comunicação, provocada pelo escândalo de má
conduta sexual do produtor de Hollywood Harvey Weinstein.
G1
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