Presa desde 2002, Suzane Von Richthofen tem parecer para deixar prisão
O exame criminológico foi solicitado pelo Ministério Público

A detenta Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela
morte dos pais, obteve parecer favorável para cumprir o restante da pena
em liberdade. A defesa dela pleiteia o regime aberto desde junho do ano
passado. Não há prazo para julgamento na Justiça, mas o documento deve
embasar a decisão sobre o pedido.
O exame criminológico foi solicitado pelo Ministério Público. Para
análise da detenta, Suzane foi submetida à avaliação de uma junta
médica. O G1 apurou que o exame foi concluído nesta semana. O processo
está em segredo de Justiça.
No regime mais brando, Suzane poderá deixar a prisão em Tremembé (SP) -
onde é interna desde 2006 - e ficará livre. Ela deve apenas comparecer
na Justiça em datas pré-determinadas.
Suzane já manifestou que pretende trabalhar e estudar. Uma confecção
de Angatuba (SP), onde vive o namorado da detenta, ofereceu emprego para
ela e, Suzane tenta desde 2016 ingressar no curso superior de
administração de empresas.
O crime cometido por Suzane foi em 2002, quando ela foi presa pela
primeira vez e, desde 2006, está em Tremembé no presídio conhecido por
abrigar detentas de casos de grande repercussão, como Anna Carolina
Jatobá, madrasta de Isabella Nardoni; e Elize Matsunaga, que matou e
esquartejou o marido.
Pedido
No pedido para Suzane ir ao regime aberto, a Defensoria Pública, que
faz a defesa de Suzane Richthofen, apontou que ela cumpriu o tempo de
pena necessário para ter direito à progressão para o regime aberto -
sendo um sexto da pena no semiaberto. O documento destaca ainda o "ótimo
comportamento carcerário da sentenciada" apontado em atestado emitido
na época pela direção da penitenciária.
No cálculo da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o prazo
para mudança de regime seria 4 de setembro de 2019, mas a Defensoria
cobrou o abatimento de 996 dias deste prazo, adquirido por meio do
trabalho de costureira que a detenta exerceu na oficina no presídio.
Antes, ela atuou na unidade como auxiliar de enfermaria e de copa.
Suzane Richthofen cumpre pena no regime semiaberto desde outubro de
2015. Nele, ela ja tem direito de deixar a penitenciária cinco vezes ao
ano nas saídas temporárias. A última 'saidinha' foi no Natal. Ela voltou
à prisão no dia 3 de janeiro.
Defesa e MP
A Defensoria Pública foi procurada pelo G1 para comentar o assunto, mas não retornou até a publicação desta reportagem.
O promotor Paulo de Palma, que atua no caso, foi procurado, mas disse
que não comentaria o assunto por estar em segredo de Justiça.
A Secretaria da Administração Penitenciária informou que o processo da
presa está em segredo de Justiça e não comentou o assunto.
G1
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