Coreia do Norte aceita se reunir com autoridades da Coreia do Sul

A
Coreia do Norte aceitou nesta sexta-feira(5) se reunir com autoridades
da Coreia do Sul, na próxima terça-feira (9), para tratar da possível
participação de atletas norte-coreanos nos Jogos Olímpicos de Inverno de
PyeongChang, de acordo com informações do governo sul-coreano.
“A
Coreia do Norte enviou hoje uma carta por fax ao nosso escritório de
ligação na aldeia de Panmunjom, explicando que aceitam a nossa oferta de
se reunir no dia 9 de janeiro”, explicou à Agência Efe, uma porta-voz
do Ministério da Unificação sul-coreano.
“Na agenda do encontro
será sobre a participação do Norte nos Jogos de Inverno de PyeongChang,
bem como a melhoria em termos gerais dos laços entre as duas Coreias”,
acrescentou.
Os dois países, que tecnicamente estão em guerra há
mais de 65 anos, não realizam um encontro de alto nível deste tipo desde
o final de 2015.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, expressou em
sua mensagem de Ano Novo o seu desejo de se aproximar do Sul e que seus
atletas participem dos Jogos após um ano de 2017 marcado pelos seguidos
testes de armas do seu regime e desacordos dialéticos com os Estados
Unidos.
Seul então propôs realizar a reunião na próxima terça e o
Norte decidiu reabrir, na última quarta, as linhas de comunicação em
Panmunjom após dois anos em desuso para facilitar os contatos.
O
anúncio do encontro bilateral também ocorre um dia depois que Coreia do
Sul e Estados Unidos disseram que atrasarão o início das manobras
militares anuais para que não coincidam com os Jogos Olímpicos e
Paralímpicos de PyeongChang, que serão realizados do dia 9 de fevereiro a
18 de março.
Seul já pediu, no final do ano passado, que
Washington considerasse o adiamento dos exercícios para evitar que o
regime norte-coreano, que costuma considerar estas manobras como um
ensaio para invadir seu território, responda realizando um novo teste
armamentístico.
A aproximação entre Seul-Pyongyang pode contribuir
a aliviar a tensão após os seguidos testes armamentísticos da Coreia do
Norte e as beligerantes respostas de Donald Trump que marcaram o ano de
2017.
Agência Brasil
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