Tribunal Superior Eleitoral aprova nesta segunda-feira calendário das eleições de 2018

Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta segunda-feira (18) o calendário
das eleições de 2018, quando estarão em disputa a Presidência da
República, governos estaduais, além das cadeiras para senadores,
deputados federais e deputados estaduais.
Veja as principais datas aprovadas pelo TSE:
- 7 de abril: último dia para governadores, presidente da República e prefeito deixarem o mandato, caso queiram disputar a eleição para outro cargo;
- 10 de abril: dia a partir do qual fica vedado aumento salarial para servidores públicos. O aumento é proibido até a posse dos eleitos, a não ser que seja um reajuste para recompor perda de poder aquisitivo no ano;
- 9 de maio: último dias para o eleitor regularizar o título e fazer atualizações no cadastro;
- 18 de junho: data em que a Justiça Eleitoral vai divulgar o valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. O fundo é uma novidade instituída pela minirreforma eleitoral;
- 7 de julho: fica proibida a contratação ou demissão sem justa causa de servidor público.
- 20 julho a 5 de agosto: período para convenções partidárias escolherem as coligações e candidatos.
- 15 de agosto: último dia para os partidos registrarem no TSE os candidatos;
- 16 de agosto: início da propaganda eleitoral
- 2 de outubro: data a partir da qual, até o dia da eleição, nenhum eleitor pode ser preso, salvo em flagrante;
- 7 de outubro: dia do 1º turno;
- 12 de outubro: início da propaganda eleitoral do 2º turno;
- 28 de outubro: dia da votação do 2º turno.
O calendário completo pode ser acessado aqui.
Outras normas aprovadas
Na
sessão, a Corte eleitoral também aprovou diversas normas de organização
do pleito, referentes sobretudo à forma de fiscalização da propaganda
eleitoral, ao registro de pesquisas de intenção de voto e registro de
candidaturas.
As
regras contidas nas resoluções seguem a lei eleitoral, incorporando
inclusive a minirreforma política aprovada neste ano, e detalham
procedimentos a serem adotados pela Justiça Eleitoral, sobretudo em
relação a prazos e formalidades nos processos judiciais.
Ficou
para o ano que vem a definição de normas para definir como será a
adoção do voto impresso, que poderá alcançar somente 30 mil das cerca de
500 mil urnas eletrônicas. Também ficou para 2018 a definição de regras
para o combate às “fake news”, notícias falsas que podem desequilibrar o
pleito.
‘Fake news’
Durante
a sessão que aprovou as resoluções, Fux – que assume o comando do TSE
em fevereiro – disse que a Corte terá postura “repressiva” e
“preventiva” contra as notícias falsas disseminadas na internet que
afetam a disputa.
“É
bom que os protagonistas do processo eleitoral saibam que Vossa
Excelência [Gilmar Mendes, atual presidente do TSE] criou uma estrutura
repressiva das fake news e vamos criar uma estrutura preventiva da fake
news, que inclui medidas de constrição de bens, medidas de restrição de
eventual liberdade daquele que estiverem em flagrante delito, se
preparando pra cometer esse tipo de estratégia deletéria que, digamos
assim, numa linguagem coloquial derreteram algumas candidaturas”,
afirmou.
Após
a sessão, Gilmar Mendes repetiu que a atuação do tribunal nessa questão
não significará censura a conteúdos, preservando a liberdade de
expressão. No meio jurídico, há temor sobre em que medida a Justiça
Eleitoral vai mandar retirar conteúdo da rede.
“O
tribunal não tem a preocupação nem nunca teve de restringir a liberdade
de manifestação, muito menos nas eleições. O propósito é que haja
eleições limpas, disputadas, que as ideias e os ideais defendidos
cheguem ao eleitor, mas que de fato, não haja esse tipo de corrupção em
termos de liberdade de informação”, disse.
G1
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