CINCO MITOS DO NASCIMENTO DE JESUS QUE FORAM ANALISADOS PELOS MÓRMONS
A popularidade dos presépios de Natal tem crescido nos
últimos anos. Muitas famílias colecionam presépios de outros países e os
exibem em seus lares ou até mesmo em exibições de estaca onde as
pessoas podem visitar e aprender o verdadeiro significado do Natal. Mas o
quanto essas figuras são autênticas a história original? Como Mórmons,
afirmamos que o Salvador do mundo nasceu de uma virgem mãe em Belém a
mais ou menos 2000 anos atrás. Mas quantos detalhes do nascimento de
Cristo são baseados em tradição ao invés da exatidão histórica? Vamos
analisar alguns mitos de Natal para ter uma visão mais exata da chegada
do Salvador nesta esfera mortal.
Animais na Cena da Natividade
Os adoráveis burrinhos, ovelhinhas, e vaquinhas que geralmente são
incluídos em um presépio provavelmente apareceram por causa da licença
criativa que os artistas receberam quando fizeram as primeiras
representações do nascimento de Cristo. Até mesmo um Papa Católico falou
sobre esse mito em um livro publicado em 2012 chamado “Jesus of
Nazareth: The Infancy Narratives.” Papa Benedito XVI reconheceu que
animais não foram uma parte da natividade e nenhum deles foi mencionado
nos Evangelhos. Honestamente, José iria permitir que sua esposa desse a
luz em um lugar recentemente usado por animais? Se você já visitou
qualquer habitação para animais responderia um enfático “Não” para essa
pergunta. Isto não significa que animais não estivessem por perto, mas
eles provavelmente estavam em uma habitação próxima, e não em volta de
Maria enquanto ela estava em trabalho de parto.
Distante, nas colinas da Judéia
Por causa de crenças populares e até mesmo um hino, a área da Judeia é
imaginada como uma planície. Entretanto a área em si é cheia de colinas
rochosas. Os pastores próximos da cidade de Belém viram os visitantes
celestiais enquanto estavam cuidando de seus rebanhos que estavam
espalhados por todas aquelas colinas, e não em um deserto, como
imaginamos nas histórias.
Os Três Reis Magos não Encontraram os Pastores
Não precisamos de uma pesquisa muito elaborada para ver que os
pastores e reis magos não estavam juntos na natividade como os presépios
e pinturas mostram. Muitos sabem que os Reis Magos (Astrônomos do
Leste) viram os sinais no céu (provavelmente os sinais precedentes que
indicavam o nascimento de Cristo) e se dirigiram a cidade da Judeia
saindo de suas casas nos países orientais. Eles sabiam que um rei tinha
nascido, e como a tradição mandava, eles desejavam encontrá-lo para
oferecer presentes e mostrar reverência.
Se procurarmos um pouquinho na internet vamos encontrar uma variedade
de ideias sobre o momento exato que os Três Reis Magos visitaram Jesus.
Alguns estudiosos usam os registros judaicos de Josephus para calcular o
tempo baseado em eventos históricos durante a época de Herodes. O
consenso geral é que eles encontraram o Salvador Jesus Cristo 1 ou 2
anos depois de seu nascimento. Foi seu aviso, que motivou José e Maria a
fugir para o Egito para escapar do assassinato cometido por Herodes, de
todos os bebês Judeus com menos de 2 anos. Possivelmente, o ouro
presenteado por um dos reis magos, proveu os meios necessários de
financiar a longa viagem.
Se você estiver preocupado com exatidão em seu presépio, é melhor
remover os Três Reis Magos da cena e colocá-los em uma estrada com um
sinal dizendo “Estamos chegando daqui a alguns anos.”
Deitado em uma manjedoura de … pedra?
Madeira era sem dúvida muito escarça na área da Judeia. Portanto, as
construções eram tipicamente feitas de pedra. Os judeus também usavam
pedra-lima que era abundante em volta de suas cidades como paredes para
suas construções. Em outras palavras, algumas estruturas eram
literalmente cavadas nas paredes de pedra formando cavernas artificiais.
Em um artigo feito por uma arqueóloga chamada Emily Cavins, ela cita
que os “estábulos” eram basicamente cavernas feitas na pedra. Ela também
faz uma observação sobre o simbolismo deste lugar:
“A manjedoura também teria sido talhada na pedra, como muitas outras manjedouras por todo este país. É incrível pensar que o nascimento de Cristo foi tão terreno. O pequeno Filho de Deus entrou neste mundo não somente em sua superfície, mas abaixo dela, de uma maneira simbólica prevendo que ele entraria na terra novamente para ressuscitar depois de três dias.”
A data real do Nascimento de Cristo
As opiniões sobre a data real do Natal variam de 6 de abril, 17 de
junho, 11 de setembro, e o mês que celebramos… dezembro. As razões para
essa variação são históricas, escriturísticas e astronômicas.
Por exemplo, a data de 6 de abril, que muitos consideraram confirmada
na sessão 20 de Doutrina e Convênios foi recentemente considerada
provável de estar incorreta. Estudos dos documentos de Joseph Smith
(Joseph Smith Papers) revelaram que o verso em particular foi uma adição
feita por David Whitmer, e não uma revelação oficial. O Professor da
BYU Jeffrey Chadwick escreveu uma dissertação completa sobre o assunto,
utilizando diversos relatos e datas das escrituras para refutar a data 6
de abril e considerar o nascimento de Cristo em algum dia de dezembro
do ano 5d.c. J. Reuben Clark e Bruce R. McConkie também apoiavam a ideia
do nascimento de Jesus Cristo ser em dezembro. Autor Gale Boyd em “Days
of Awe” coloca o nascimento de Cristo na primavera da Páscoa.
Outros estudiosos de outras religiões têm analisado tanto eventos
históricos como astronômicos para chegar em uma data indicada por um
“sinal dos céus.” Suas teorias são baseadas amplamente na hipótese de
que uma conjunção planetária e o alinhamento de certas estrelas foram
sinais do nascimento do Salvador. Usando tecnologia moderna, eles foram
capazes de concluir o que estava acontecendo nos céus a 2000 anos atrás.
Ernest L. Martin, defende a teoria de que a estrela de Belém foi uma
conjunção (alinhamento) do planeta Júpiter (simbolicamente Cristo) e
Vênus, criando uma luz extremamente brilhante no céu. Isto ocorreu
diretamente sob a área de Belém em 11 de setembro de 3a.c. Martin também
usou um calendário judaico dos dias sagrados para ajudar na aproximação
da data exata, reconhecendo que o Rosh Hashanah do ano 3a.c. foi
naquela data em particular.
Por causa da variedade de teorias, a data do nascimento de Cristo é
um aspecto da Natividade que nós tenhamos que ponderar de forma pessoal.
Ter nossa própria conclusão através do estudo e oração pode ser a
melhor maneira de resolver o mistério do nascimento do Salvador.
Conclusão
Exatidão sobre os eventos do nascimento de Cristo podem não parecer
importante, mas as vezes os detalhes herdados em celebrações culturais
podem tornar uma tradição fiel em uma tradição falsa. Procurar a verdade
sobre os detalhes do nascimento de Cristo não é uma distração, mas uma
forma de aumentar nossa fé e sermos ensinados do Espírito. Ao aprender
mais sobre a chegada do Salvador neste mundo mortal, nós aprendemos a
importância do simbolismo divino (como no exemplo da manjedoura de
pedra) e os sinais celestiais (como os que apareceram no céu durante seu
nascimento). Desta forma, podemos fortalecer nosso testemunho e ver a
história do ponto de vista do Senhor, ao invés do ponto de visto dos
homens.
Fonte: MormonHub - Publicado por MormonSUD Staff
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