Confita seis efeitos inesperados com que as mudanças climáticas nos impactam

Junto
com seus efeitos indutores de ansiedade, o assunto das mudanças
climáticas também oferece uma oportunidade interessante de considerar os
processos fascinantes e interligados do planeta. Dos menores para os
maiores componentes da Terra, das bactérias aos vulcões, todos de alguma
forma vão sentir os efeitos das mudanças climáticas. Confira seis
maneiras inesperadas com que as mudanças climáticas nos impactam:
6. Morte e erosão no deserto
O
solo do deserto pode parecer desolado e sem vida, mas na verdade está
repleto de bactérias. Colônias de bactérias podem crescer a tal
espessura que formam camadas resistentes chamadas “biocrostas” que
estabilizam o solo contra a erosão.
Um estudo destas crostas em desertos dos Estados Unidos mostrou que diferentes tipos de bactérias prosperam em diferentes temperaturas. Algumas preferem o calor sufocante do Arizona e Novo México, enquanto outras se saem melhor no clima frio do sul do Oregon e Utah. Como as temperaturas tornam-se mais erráticas com a mudança climática, as bactérias do deserto podem ter dificuldades para se adaptar, deixando os solos dos desertos mais propensas à erosão.
Um estudo destas crostas em desertos dos Estados Unidos mostrou que diferentes tipos de bactérias prosperam em diferentes temperaturas. Algumas preferem o calor sufocante do Arizona e Novo México, enquanto outras se saem melhor no clima frio do sul do Oregon e Utah. Como as temperaturas tornam-se mais erráticas com a mudança climática, as bactérias do deserto podem ter dificuldades para se adaptar, deixando os solos dos desertos mais propensas à erosão.
5. Mais erupções vulcânicas
Enquanto
o degelo glacial avança, inundações dos oceanos e o nível do mar se
elevam, e a distribuição de peso sobre a crosta da Terra muda.
Essa
mudança pode causar aumento da frequência de erupções vulcânicas, como
sugerem alguns estudos. Evidências desse fenômeno foram detectadas no
registro das rochas, com restos de erupções vulcânicas mais abundantes
correlacionadas com períodos de derretimento glacial em vários episódios
da história da Terra. Os seres humanos no século 21 provavelmente não
experimentarão essa mudança, no entanto, uma vez que este efeito deve
ficar para algo em torno de 2.500 anos no futuro.
4. Oceanos escurecem
As
alterações climáticas vão aumentar a precipitação em algumas regiões do
mundo, resultando em rios com fluxos mais forte. Fortes correntes
fluviais vão carregar mais lodo e detritos, e eventualmente todos que
desaguam no mar farão o oceano ficar mais opaco. Regiões ao longo da
costa da Noruega já experimentam águas do oceano cada vez mais escuras e
turvas, com o aumento da precipitação e derretimento glacial nas
últimas décadas. Alguns pesquisadores têm especulado que a escuridão é
responsável por mudanças nos ecossistemas regionais, incluindo um
aumento nas populações de água-viva.
3. Alergias pioram
Enquanto
a mudança climática pode provocar primaveras precoces, a onda de
espirros induzidos pelo pólen deve aumentar. Esse fenômeno irá aumentar a
carga total de pólen a cada ano, e poderia fazer as alergias das
pessoas piorarem. Alguns modelos de temperatura e precipitação mostraram
que os níveis de pólen poderiam atingir mais que o dobro até o ano
2040.
2. Invasões de formigas
Pheidole megacephala,
também conhecida como a formiga de cabeça grande, é uma das cem
espécies mais invasivas da Terra. Hordas desses insetos prosperam na
América do Sul, Austrália e África, e suas populações vorazes
espalharam-se rapidamente. Como animais invasores, elas roubam o habitat
e os recursos de espécies nativas, prejudicando os ecossistemas
regionais e pondo em risco a biodiversidade. Elas têm sido conhecidas
até por caçar filhotes de aves.
Pesquisadores
estimam que 18,5% da superfície terrestre no planeta atualmente
suportam a formiga de cabeça grande. Mas à medida que as mudanças de
temperaturas avançarem nas próximas décadas, a gama de habitat desses
animais de sangue frio, provavelmente, vai diminuir substancialmente.
Alguns modelos climáticos sugerem que o alcance habitacional da formiga
irá diminuir em um quinto até o ano de 2080. Como insetos nativos irão
responder a essas mudanças, no entanto, ainda não está claro.
1. Luz solar inunda leito oceânico polar
Enquanto
se derrete o gelo do mar, mais luz solar irá banhar regiões costeiras
de águas rasas em torno dos pólos. Comunidades de vermes do fundo do
mar, esponjas e outros invertebrados acostumados a existência na
escuridão começarão a experimentar períodos mais longos de luz solar a
cada verão. Uma pesquisa recente mostrou que essa mudança poderia
alterar significativamente as comunidades, permitindo que algas e
plantas marinhas proliferassem sufocando esses invertebrados. Esta
transição de comunidades dominantes, de invertebrados para algas, já foi
observada nos bolsos do Ártico e costas da Antártida, e poderia
diminuir significativamente a biodiversidade nessas regiões.
[livescience] - Por Jonatas Almeida da Silva
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