Suzane Richthofen é autorizada a fazer curso superior na Penitenciária de Tremembé

A
presa Suzane von Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte
dos pais, já pode realizar o desejo de fazer curso superior sem sair da
Penitenciária Santa Maria Eufrásia Peletier, a P1, de Tremembé, no
interior de São Paulo, onde cumpre a pena em regime semiaberto.
Com
aval da Justiça, a direção do presídio deu parecer favorável para que a
detenta estude Administração na modalidade ensino a distância (EaD), ou
seja, sem a necessidade de comparecer à faculdade.
Por
solicitação do defensor público que atende a condenada, a direção da
penitenciária informou à Vara de Execuções Criminais que dispõe de
equipamento e funcionário para atender a presa durante os estudos.
Suzane
não terá acesso à internet e receberá o conteúdo salvo em disquetes. Em
maio do ano passado, a detenta já havia manifestado interesse de fazer o
curso a distância, mas naquela ocasião a direção da unidade informou
que não tinha estrutura para o curso.
Suzane também tentou fazer
curso presencial em uma faculdade de Taubaté, o que é permitido no
semiaberto, e chegou a prestar vestibular no primeiro semestre de 2016.
Ela foi pré-selecionada para obter recursos do Fundo de Financiamento
Estudantil (Fies), mas acabou desistindo de fazer a matrícula por temer o
assédio fora da prisão.
Com a autorização concedida, a presa já pode se matricular para cursar Administração a distância no primeiro semestre de 2018.
Soltura
Em
junho deste ano, a defesa da condenada entrou com pedido de progressão
de Suzane para o regime aberto, o que implicaria a sua soltura. A
alegação é de que, presa desde 2002 pelo assassinato dos pais, ela já
cumpriu o tempo de encarceramento previsto na lei. Além disso, uma
empresa de confecção garantiu emprego a ela, caso vá para o regime
aberto.
A Justiça determinou que Suzane fosse submetida a um exame
criminológico para aferir sua capacidade de convívio social, mas o
resultado ainda não saiu.
Sobre o curso superior, a Secretaria da
Administração Penitenciária (SAP) informou que, no final de 2016,
algumas presas do semiaberto da Penitenciária de Tremembé realizaram o
Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e, ao serem aprovadas,
manifestaram interesse de se matricular em curso superior.
Uma das
universidades contatadas pela direção da unidade mandou representante
que apresentou às presas cursos que poderiam ser realizados a distância,
utilizando o computador na forma off-line
Quatro detentas se
interessaram e receberam autorização da Justiça e do secretário da pasta
para o curso, informou em nota. “Ressalvamos ainda que, como o fim do
ano está próximo, o contato com a universidade para a iniciação das
aulas a distância será retomado no começo de 2018,” diz a SAP.
A Defensoria Pública de Taubaté informou que o processo de Suzane está sob sigilo de Justiça.
Correio 24 Horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário