Ministério Público investigará 'churrasco de Natal' dentro de presídio
Fotos compartilhadas em redes sociais desde o último domingo (24) mostram detentos assando carne em churrasqueiras improvisadas no pátio da penitenciária
 O Ministério Público do Rio Grande do Sul afirma que vai investigar a 
realização de um churrasco de comemoração do Natal no Presídio Regional 
de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, interior do Rio Grande do 
Sul. Imagens compartilhadas em redes sociais desde domingo (24) mostram 
detentos assando carne, em grande quantidade, em churrasqueiras 
improvisadas no pátio da penitenciária.
 O delegado penitenciário da 8ª Região, Bruno Carlos Pereira, confirmou 
que foi realizado o churrasco em uma das galerias da penitenciária. 
Segundo ele, eventos desse tipo são permitidos pela Lei de Execuções 
Penais (LEP), sob algumas condições, que – segundo garante – foram 
observadas pela administração da casa prisional.
 "Foi autorizada pela casa prisional a entrada de carne e refrigerantes.
 Esses itens já são autorizados, mas, nesse dia, para fins de 
comemoração com familiares, se autorizou uma quantidade um pouco maior. A
 casa prisional cedeu alguns tijolos. Antes disso, os familiares 
consultaram a casa, que analisou as condições de segurança. O presídio 
forneceu alguns tijolos para a churrasqueira, os espetos e uma faca. 
Claro que tudo analisado em âmbito de segurança", explicou Pereira ao 
G1.
 O delegado disse que cerca de 100 detentos, além dos familiares, 
participaram da confraternização, e não havia bebidas alcoólicas. "Todos
 os refrigerantes foram abertos para verificarmos."
 Segundo ele, festas assim são comuns em presídios. "Isso acontece em 
praticamente qualquer penitenciária do estado e do país. A LEP 
autoriza", destaca.
 No entanto, o delegado da Superintendência dos Serviços Penitenciários 
(Susepe) observou que as imagens divulgadas mostram que havia um celular
 dentro da penitenciária. "A única coisa ilegal, e eu já estou tomando 
providências nesta semana, é que a foto foi tirada através de um 
celular. Esse fato, de haver um celular lá dentro, será investigado. Não
 sei por qual meio entrou."
 Para o Ministério Público, ainda há dúvidas sobre quem financiou o 
churrasco. O delegado penitenciário considera a apuração válida. "Como 
órgão de fiscalização das casas prisionais, creio que é valido que faça a
 fiscalização, do ponto de vista administrativo. Creio que atuamos de 
forma lícita, não havendo nenhum favorecimento."
WSCOM
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário