Fotos de policial morta caem no WhatsApp e família se revolta: 'Absurdo'
Corpo de Esmarlei Demétrio da Silva, de 56 anos, foi achado com sinais de violência

A família da policial civil morta dentro de casa em 16 de novembro no
Jardim Novo Horizonte, em Sorocaba (SP), denunciou o compartilhamento
pelo WhatsApp de fotos da cena do crime, que mostram a vítima caída no
quarto.
De acordo com a filha de Esmarlei Demétrio da Silva, de 56 anos, que
trabalhava como escrivã, um parente recebeu os registros em grupos pelo
aplicativo de conversas.
"É um absurdo. São imagens que expõem a minha mãe de uma forma
totalmente sem ética. Não consigo pensar o que as pessoas ganham em
passar à frente esse tipo de conteúdo, é lamentável", diz Caroline
Xavier, 35 anos.
A filha da vítima, que é advogada, pediu para que o marido separasse o
material e levasse à investigação. Segundo Caroline, as imagens
provavelmente foram tiradas de manhã, por estarem claras e com o
ambiente preservado.
"Só queremos que tudo seja resolvido e respeitem. Infelizmente é
difícil saber quem tirou, mas acredito que não foi alguém da família",
afirma.
O delegado da Delegacia de investigações Gerais (DIG) e responsável
pelo caso, Acácio Leite, informou que não tinha conhecimento das fotos e
que as fotos feitas pela equipe de perícia são outras, diferentes das
imagens compartilhadas pelo aplicativo.
No entanto, Acácio afirma que se algum oficial tiver relação com a veiculação das fotos haverá punição.
A morte de Esmarlei continua sob investigação. A Polícia Civil
trabalha com hipótese de homicídio, e não latrocínio, já que
aparentemente nenhum objeto foi levado da casa. Até agora nenhum
suspeito foi preso.
Perseguição
A agente foi encontrada por familiares dentro de casa na manhã do dia
16 de novembro. Conforme a família, a vítima sentia-se insegura e
reclamava de uma suposta perseguição nos últimos dias de vida.
A vítima trabalhava no 4º distrito policial de Sorocaba e tinha três
filhos, duas mulheres e um rapaz. Esmarlei foi localizada no quarto com
ferimentos na cabeça, vestida de pijama, com as mãos amarradas e com uma
toalha na boca.
As primeiras pessoas a chegarem na casa foram pedreiros que
trabalhavam em uma reforma no imóvel. “Ela estava desconfiada e com medo
de uma movimentação ao redor da casa, dizia que estava sendo perseguida
por alguém. Até já tinha mudado para um apartamento para ter mais
segurança, mas voltou ao antigo endereço”, diz.
G1
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