Sociedade Brasileira de Cardiologia diz que atividade física é a melhor forma de controlar os níveis do colesterol
Dia de combate ao colesterol elevado, o 6 de agosto
trouxe novidades científicas para acabar de vez com bobagens que vez ou
outra aparecem na mídias sociais. A Sociedade Brasileira de Cardiologia
reafirmou nesta semana em um documento oficial que devemos manter o
colesterol controlado em níveis baixos para viver com saúde. Daí a
importância da atividade física.
As grandes mudanças ocorreram nos valores das frações do colesterol,
onde o ruim, LDL, teve modificado seu valor normal para a faixa de 100 a
130 mg% para as pessoas sem outros fatores de risco para doenças
cardiovasculares como diabete, hipertensão arterial, obesidade e
sedentarismo.
O colesterol bom, HDL, que transporta o ruim para ser metabolizado no
fígado, teve seus níveis de normalidade mudados para acima de 40 mg%
tanto para homens como para as mulheres.
Com relação às atividades físicas temos mais novidades. Confirmou-se
por dezenas de pesquisas que o maior benefício é o nível do HDL, que
deve se elevar depois de 14 semanas de esporte ou exercícios mistos
(aeróbicos e anaeróbicos), mas que durem 60 minutos por vez, quatro
vezes por semana.
Corredores amadores regulares, principalmente mulheres, depois de um
ano de treinos regulares dobraram os níveis do HDL, atingindo a faixa de
80 a 90 mg%, considerados sensacionais. Isso foi constatado nos
esportistas e atletas que fazem as avaliações no nosso Serviço
CardioEsporte do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia da USP e do
Hospital do Coração – HCor.
Só por esse fato detectado nos exames, recomendar exercícios regulares passou a ser obrigação de toda consulta médica.
Pessoas
que já tiveram algum evento cardiovascular ou intervenção cirúrgica ou
angioplastia das coronárias, após um curto período de convalescência,
devem iniciar atividades físicas regulares como, por exemplo, as
recomendadas corridas e trotes que não têm o risco dos contatos e
traumas esportivos, e baixar os níveis de colesterol ruim, o LDL, com
medicação específica até atingir o valor próximo a 50 mg%.
Existem
problemas de colesterol cuja causa é a herança familiar e, nestes
casos, além da atividade física regular foi produzida uma nova medicação
por injeções mensais com resultados brilhantes em baixar o colesterol
indesejável. Além disso, o consumo de gorduras saturadas, segundo novas
pesquisas, para a imensa maioria das pessoas que já tem colesterol
elevado representa 20% dos valores do colesterol medido.
Sem
terrorismo alimentares, siga o bom senso de evitar quando possível esse
consumo de gorduras. Vez ou outra não vai causar danos futuros. O certo
é consultar um nutricionista clínico e não ir atrás de curiosos que
indicam suco de limão, suco de berinjela e outras inverdades para baixar
seus níveis de colesterol ruim. São apenas alimentos saudáveis e não
são medicações. Não caia no erro de não valorizar o colesterol elevado,
sua saúde futura depende muito dos níveis normais.
Globo Esporte
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