Polícia Federal atribui propina de R$ 2 milhões da OAS para José Agripino na Arena das Dunas
Polícia Federal concluiu investigações sobre irregularidades na liberação de recursos pelo BNDES para estádio no RN. Em nota, Agripino disse que apurações mostrarão que ele não tinha 'força' para isso
A PF investiga supostas irregularidades na liberação de recursos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção do estádio de futebol Arena das Dunas, em Natal (RN) - (Foto: Reprodução/Portal da Copa) |
A Polícia Federal indiciou o senador José Agripino
(DEM-RN) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro devido
ao recebimento de propina da empreiteira OAS em troca de auxílio
político para liberação de recursos do BNDES voltados à construção da
Arena das Dunas, em Natal, para a Copa do Mundo de 2014, informou a PF
na noite de segunda-feira.
"O recebimento das vantagens ilícitas se deu tanto por meio de
doações eleitorais oficiais, que foram direcionadas ao diretório, como
por meio de repasses em espécie, que transitaram por contas do próprio
investigado e também por contas de familiares, entre os anos de 2012 a
2014, totalizando a quantia de pelo menos R$ 2 milhões", disse a polícia
em comunicado.
Além do senador, que é o atual presidente do DEM, também foram
indiciados pela PF o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho,
o Leo Pinheiro, e Carlos Thompson Costa Fernandes, conselheiro do
Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte à época dos fatos.
Segundo a Polícia Federal, a investigação teve como base depoimentos
em delação premiada do doleiro Alberto Youssef e de seu sócio Rafael
Angulo Lopez, além da análise de mensagens de texto extraídas do
telefone celular de Leo Pinheiro, quebras de sigilo bancário, fiscal e
telefônico dos investigados e depoimentos de diversas pessoas.
Por ter um senador da República entre os alvos, o inquérito corre dentro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Não foi possível fazer contato de imediato com os indiciados.
A construção do estádio de Natal para a Copa do Mundo, que custou
cerca de R$ 400 milhões, também é alvo de outra investigação da PF que
resultou na prisão em junho do ex-ministro do Turismo e ex-presidente da
Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB).
ClickPB - Por Terra
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