México é o país com mais mortes de jornalistas, alerta organização Repórteres Sem Fronteiras
A
organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) alertou o presidente do
México, Enrique Peña Nieto, que o país apresenta, pelo menos, sete
assassinados até o momento neste ano. A informação é da agência Télam.
Em
uma carta divulgada durante a visita de Peña Nieto a Paris para uma
recepção do presidente francês, Emmanuel Macron, o secretário geral da
RSF, Christophe Deloire divulgou estes dados. “O México se converteu
este ano no país mais mortífero do mundo para os jornalistas e se coloca
à frente da Síria, país oficialmente em guerra”, destacou.
Deloire
detalhou que, dos sete jornalistas assassinados no México desde 1º de
janeiro, em quatro casos não há “nenhuma dúvida” de que a morte está
relacionada ao exercício da profissão: Javier Váldez Cárdenas, Maximino
Rodríguez Palacios, Cecilio Pineda Birto e Miroslava Breach Veducea.
O motivo dos crimes se deve à “falta de transparência das autoridades
encarregadas das investigações e pela corrupção local”, acrescentou.
“Esta
situação de violência é ainda mais inaceitável e indigna para um país
democrático”, porque, segundo o secretário geral, “não começou ontem” e
foram registrados mais de 100 assassinatos de comunicadores no México
desde 2000.
Além disso, continuam há muitos anos os sequestros,
agressões e desaparições de profissionais da informação, segundo a RSF,
que atribui esta violência ao fato de que “a impunidade é infelizmente a
regra” e à conivência entre o crime organizado e “certas autoridades
políticas e administrativas”.
Agência Brasil

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