Para Planalto, decisões sobre Aécio Neves e Rocha Loures ajudam Temer na crise
Pela manhã, o ministro Marco Aurélio negou a prisão e devolveu o mandato ao senador Aécio Neves. Pela tarde, Fachin mandou soltar Rocha Loures

© Valter Campanato/Agência Brasil
No final de uma semana considerada difícil pelo Palácio do
Planalto, o presidente Michel Temer conseguiu nesta sexta-feira (30) o
que considera passos importantes a seu favor na crise política.
No mesmo dia, dois aliados do peemedebista obtiveram vitória no STF
(Supremo Tribunal Federal), o que, para auxiliares e assessores
presidenciais, pode ajudar o presidente a barrar denúncia contra ele por
corrupção passiva.
Pela manhã, o ministro Marco Aurélio negou a prisão e devolveu o mandato ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), um dos fiadores do apoio do PSDB à gestão peemedebista.
À tarde, o ministro Edson Fachin decidiu libertar o ex-assessor presidencial Rodrigo
Rocha Loures, sobre o qual havia o receio do presidente de que ele
fechasse acordo de delação premiada para deixar a prisão.
Na avaliação de integrantes do governo, as decisões dão sinalizações
ao Congresso de que faltam provas às denúncias feitas pela PGR
(Procuradoria-Geral da República) e que elas são "contra a classe
política".
Além disso, acreditam que o retorno de Aécio ao Senado poderá ajudar
na permanência do PSDB na Esplanada dos Ministérios e a evitar traições
do partido na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que analisará
denúncia contra Temer a partir da semana que vem.
Como a Folha mostrou, seis do sete tucanos que integram a CCJ votar
contra o presidente. A comissão parlamentar é a primeira instância de
tramitação da denúncia contra o peemedebista, que depois vai ao
plenário.
A ideia do presidente é votar em plenário nos dias 13 ou 14 de julho, antes do recesso parlamentar, a partir de 18 de julho.
Pelo calendário esboçado pelo Palácio do Planalto, a defesa do
peemedebista utilizaria no máximo três sessões para se pronunciar na
CCJ, permitindo que já na quinta-feira (6) começasse o prazo de
discussão e aprovação do parecer.
Para garantir a presença de deputados governistas nas
segundas-feiras, o peemedebista convocará reuniões com líderes aliados
nos domingos à noite, no Palácio da Alvorada.
Veja com informações da
Folhapress.
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