Você deixa o celular no banheiro enquanto toma banho? Pare imediatamente
Publicado por: Amara Alcântara

Que atire a primeira pedra quem nunca foi tomar banho e deixou aquela
música ou vídeo rolando no celular dentro do banheiro, né? Pois temos
uma informação muito importante para você que é adepto dessa prática:
pare imediatamente, pois o seu celular está se danificando com essa
prática.
O UOL Tecnologia
conversou com três assistências técnicas de smartphones em São Paulo que
confirmaram a grande frequência de casos do tipo que aparecem nas
lojas. O professor Antônio Carlos Gianoto, do Centro Universitário da
FEI, também alerta para não levar o celular para o banheiro no momento
do banho. Mas fique tranquilo: não é a sua cantoria ruim no chuveiro que
está estragando o celular.
Não é aconselhável deixar o
aparelho em ambientes com muito vapor. Se não for fazer vapor d’água,
tudo bem. Mas quem faz o banho virar uma sauna pode causar danos ao
smartphone”
professor Antônio Carlos Gianoto, do Centro Universitário da FEI
professor Antônio Carlos Gianoto, do Centro Universitário da FEI
Possíveis danos
As assistências técnicas relatam que o
principal dano no aparelho pode ser uma oxidação de componentes causada
pelo vapor, mas Gianoto cita até curtos-circuitos por causa da
condutividade da água. O vapor d’água cria partículas de água no ar, que
acabam penetrando o smartphone.
“O cliente às vezes nem sabe se tem
oxidação. Quando o atendente pergunta se molhou o aparelho, ele diz que
não, mas dentro está tudo oxidado. Não necessariamente caiu na água. O
que mais aparece aqui é de celular afetado por vapor d’água no
banheiro”, aponta Edmílson Silva, sócio-fundador da Rede Multi
Assistência.
Entre os problemas apontados por ele
estão danos na tela e falha no carregamento. As assistências técnicas
costumam realizar uma desoxidação com produtos como isopropanol, como
descreve Fernando Melo, da Futuro Smart.
“A oxidação cria sais minerais, que são
condutivos, e os componentes param de funcionar. A desoxidação tira os
sais minerais como se fosse uma ‘lavagem’ com isopropanol”, afirma
Fernando.
Na loja Conserta Smart, os principais casos de problemas com água também têm a ver com vapor d’água. E o índice de recuperação para casos do tipo é pouco acima da metade dos casos –e por recuperação entenda fazer ligações e a tela funcionar.
“A gente costuma aqui recuperar 60% dos
que têm problema de água. Às vezes recupera totalmente e às vezes
parcialmente. Recuperar é dar imagem, fazer e receber ligação. Se tiver
uma câmera com defeito ou algum outro componente, o cliente decide se
arruma ou não”, aponta Arnaldo Marinho, responsável pela loja.
Celular entre os seios? Academia? Também não pode
É claro que vapor d’água não é o único
responsável por problemas relacionados a líquido com o celular –-uma das
grandes reclamações que chegam a assistências técnicas. Há diversos
outros usos do cotidiano que podem causar danos.
Um deles, citado pelas assistências, é
de mulheres que colocam o celular entre os seios. O suor da região pode
danificar o celular. Do mesmo jeito, é necessário proteger o aparelho
contra o suor ao usá-lo junto ao corpo em academias ou corridas de rua.
Babás de crianças também estão entre os motivos que levam usuários a procurar uma assistência. Mas o campeão de problemas, ao lado do vapor d’água, é o celular que cai na privada do banheiro. Vamos tomar mais cuidado, né?
Colocar arroz resolve o problema de água no celular?
Quando um celular cai na privada ou em
uma piscina, por exemplo, muitos aderem à prática de colocar o celular
em uma bacia cheia de arroz. A estratégia até pode dar certo a curto
prazo, já que o arroz retira o líquido do aparelho. Mas a longo prazo
problemas podem aparecer.
“Mesmo que saia o líquido, a oxidação
vai ficar lá. É uma reação e isso só vai ser removido na loja. Muitas
vezes quando você seca volta a funcionar normalmente, mas depois de um
tempo começa a dar muitos problemas – seja no sinal, esquentamento,
bateria que não dura…”, alega Edmilson Silva.
Atualmente, muitos celulares têm
aparecido no mercado com certificados IP67 e IP68, que garantem certa
resistência a poeira e água –testes realmente mostram celulares sendo
submergidos e continuando a funcionar depois. Para Gianoto, a tendência
dos celulares futuros é se encaminhar para algo como os relógios à prova
d’água. As assistências, contudo, continuam a receber aparelhos
quebrados por água, mesmo com o certificado.
“Não é menos comum ter problemas. Vejo
problemas do mesmo jeito. Pode ser que seja mais difícil, mas acontece.
Não existe aparelho totalmente à prova d’água, é resistente só”, explica
Fernando Melo.
Fonte: UOL
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