Supremo Tribunal Federal nega liberdade a irmã do senador afastado Aécio Neves
Andrea foi presa em maio após pedir R$ 2 milhões a Joesley Batista

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta
terça-feira (13) manter a prisão preventiva de Andrea Neves, irmã do
senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).
Por 3 votos a 2, o colegiado rejeitou o pedido de liberdade, por
entender que ela ainda apresenta risco de cometimento de novos crimes.
Votaram pela manutenção da prisão os ministros Luís Roberto Barroso,
Rosa Weber e Luiz Fux. Foram vencidos no julgamento os ministros Marco
Aurélio Mello (relator do caso) e Alexandre de Moraes.
Presa preventivamente (antes de julgamento) no dia 18 de maio no âmbito
da Operação Patmos, Andrea Neves já foi denunciada pela suposta prática
de corrupção. Em fevereiro, ela pediu ao empresário Joesley Batista R$ 2
milhões, dinheiro que foi repassado depois em malas de dinheiro a um
primo de Aécio.
A defesa diz que ela pediu o dinheiro para bancar a defesa de Aécio
Neves na Lava Jato e que foi ao encontro de Joesley para tentar vender
um apartamento de R$ 40 milhões no Rio de Janeiro.
Ao pedir a soltura de Andrea, o advogado Marcelo Leonardo alegou
“alteração do quadro fático” desde a prisão e lembrou que,
diferentemente do irmão, ela não é acusada de organização criminosa e
obstrução da justiça, mas somente por corrupção.
“O fato em relação a ela está circunscrito a um fato de fevereiro.
Impossível falar em reiteração criminosa, especialmente para uma senhora
de 58 anos de idade que demonstrou certidão negativa. É pessoa
primária, com profissão definida, residência fixa, tem todas as
condições para a liberdade”, disse.
Denúncia
A irmã de Aécio, o próprio senador afastado, o primo Frederico Pacheco e
Mendherson Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG), já
foram denunciados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de justiça.
Globo
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