Defesa de Rodrigo Loures pede que ex-deputado deixe a carceragem da Polícia Federal
Segundo advogados, novo pedido se deve à constatação de que a carceragem da PF não apresenta condições mínimas necessárias de saúde.

A defesa do ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pediu ao
Supremo Tribunal Federal (STF) que ele seja transferido da carceragem
da Polícia Federal (PF) em Brasília para o 19º Batalhão da Polícia
Militar do Distrito Federal ou que retorne para o Centro de Detenção
Provisória da Papuda. Loures já havia sido autorizado pelo ministro do
STF Edson Fachin a deixar a papuda, após pedido da defesa, alegando que o
ex-deputado corria risco de vida.
De acordo com os advogados do ex-deputado, o novo pedido se deve à
constatação de que a carceragem da PF não apresenta condições mínimas
necessárias de saúde, como banho de sol e higiene pessoal, uma vez que
não tem sequer banheiro".
Após o pedido, Fachin deu três dias para que a PF preste informações
sobre as condições da carceragem, a fim de saber se "as circunstâncias
fáticas alegadas" devem ser levadas em consideração. Somente após a
resposta por escrito da polícia é que o ministro tomará uma decisão.
Quando decidiu pela transferência de Loures da Papuda para a carceragem
da PF, Fachin disse que optou pela medida por considerar que o bem mais
importante a ser protegido é a vida do custodiado.
"Os fatos narrados, ainda que não estejam desde logo embasados em
elementos probatórios que lhes deem suporte, são graves o suficiente
para que se dê ao menos notícia ao Ministério Público, a quem incumbe,
no âmbito de suas atribuições, deflagrar instrumentos voltados à
respectiva apuração”, disse Fachin. "Até ulterior deliberação, determino
a remoção do custodiado Rodrigo dos Santos da Rocha Loures para a
carceragem da Polícia Federal, a quem incumbo as cautelas necessárias à
preservação da integridade física do requerente”, acrescentou o
ministro.
No novo pedido, a defesa de Loures solicitou que, caso o ministro
decida pelo retorno à Papuda, seja recomendado à administração do
estabelecimento adotar "as medidas necessárias para assegurar sua
segurança".
Preso desde o dia 7 de junho, Rocha Loures foi flagrado, em ação
filmada pela PF, recebendo uma mala com R$ 500 mil, que, segundo
delações de executivos da JBS feitas no âmbito da Operação Lava Jato,
seriam dinheiro de propina.
Edição: Graça Adjuto - Agência Brasil
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