PSB rompe de vez com Temer e veicula propaganda pedindo renúncia e Diretas Já
Programa será veiculado na noite desta quinta-feira; confira abaixo o programa político
Cerca de um ano depois de unir sua bancada pelo impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff, o PSB usará seu programa partidário no
rádio e na televisão para pedir a renúncia de Michel Temer e Diretas Já.
Em vídeo e áudio de dez minutos, que irão ao ar na noite desta
quinta-feira 22, o PSB afirma que “a política brasileira enfrenta sua
maior crise”, mas sustenta que a “única saída está na própria política”.
O programa defende a realização de eleições diretas para presidente da
República e a renúncia de Michel Temer, e reafirma a posição contrária
às reformas trabalhista e previdenciária, conforme deliberação unânime
da Executiva Nacional do partido, que se reuniu há um mês.
“Fomos a favor das eleições diretas em 1984 para acabar com a ditadura.
Agora somos a favor das Diretas Já para impedir que as interferências
do poder econômico continuem valendo mais do que a vontade da população e
ditando os rumos do país”, diz o programa.
Na peça audiovisual, o PSB destaca a importância de partidos fortes com
“nitidez” programática, e da participação dos cidadãos para o
fortalecimento da democracia. “Uma democracia é forte quando os partidos
políticos são fortes, com propostas claras e compromisso com a
sociedade. É preciso exigir nitidez dos partidos”, diz o programa, que
complementa: “Os cidadãos devem ocupar os espaços políticos participando
dos partidos”.
No programa, o PSB também destaca propostas consideradas prioridades
para o País. Na avaliação do partido, “o Brasil mudou muito nas últimas
décadas, mas os benefícios não chegaram integralmente à população”. “O
maior desafio continua sendo o desenvolvimento”, diz.
O partido considera prioridades aprimorar os sistemas de saúde,
previdência e assistência, combater a pobreza e enfrentar a violência.
Também propõe o investimento em educação, ciência, tecnologia, inovação e
estimular a economia criativa a fim de qualificar a mão de obra no
País.
Quanto à política econômica, o partido defende que ela deve ser
“harmonizada” com o “interesse da população”. E criticam o gasto do
governo com juros: “É urgente reduzir os juros da dívida a fim de que
sobrem recursos para investimentos e cobertura aos direitos sociais”.
Impeachment de Dilma
Em abril de 2016, às vésperas da votação do impeachment de Dilma
Rousseff na Câmara, a Executiva Nacional do PSB decidiu apoiar o
processo no Congresso Nacional. Ficou decidido que os deputados deveriam
votar a favor do impedimento da presidente tanto na comissão especial
que analisa o processo quanto no plenário da Câmara. No Senado, a
maioria da bancada do PSB era favorável ao impeachment.
O partido defendeu que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao
descumprir a lei orçamentária e ao editar decreto de aumento de despesas
sem autorização do Legislativo.
O PSB integrou o governo Dilma, mas deixou a base aliada por
divergências. O ex-presidente do PSB Eduardo Campos (PSB), ex-governador
de Pernambuco, se candidatou à Presidência em 2014, mas morreu durante a
campanha eleitoral após um acidente de avião. Ele foi ministro no
governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Carta Capital
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